Um corvo, um cobre

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terça-feira, 17 de junho de 2008

PROSA



Acho que alguém já disse que escrever é como tecer um tapete ou coser uma roupa... É bela e romântica a comparação...
Descobri outro dia, entre velhos papéis dobrados, rascunhos de desenhos e textos esquecidos, uma bela história escrita num antigo caderno de escola. A minha história... Nossa... fazia tanto tempo que o caderno estivera ali escondido que por pouco não o rasguei e joguei-o fora, quase ignorando a voz insistente, mas amiga, que não cansava de sussurrar em meus ouvidos para que não fizesse isto... Cedi, é claro, à minha intuição seria, realmente um gesto insensato, mas agora estou em dúvida se a conto ou não... A minha história é tão bonita, tão rica de detalhes e tão transparente... só não lêem os segredos revelados nas entrelinhas aqueles que nunca amaram ou nunca se libertaram de conceitos estereotipados...

PAUSA para pensar hummm... Pensando... Pensando...?!?!....Huuuummmm!

Não.... para o desconsolo de todos que apreciam conhecer um segredo, decidi-me por não contá-la , é pessoal demais para espalhá-la por aí, aos quatro ventos, então, sinto muito, mas a guardarei para mim... Por enquanto, porém, para que não morram de curiosidades, ou de inveja, limitar-me-ei aqui, apenas a contar sobre o tipo de material do qual é composta (a sua descrição, por si só, já garante uma boa dose de encantamento) um material especial do qual são tecidos todos os sonhos, como diria um famoso poeta inglês, uma vez que a minha história transpôs o papel e ficou pairando no mundo irreal (ou ideal?) e um tanto frágil da inevitabilidade das idéias...
Primeiramente, a fim de chamar a atenção, um fino e brilhante revestimento de palavras e frases de gentilezas vê-se logo na introdução, a costura, feita a mão, de um modo raro, entra e sai num alinhave de letras perfeito, unindo e reforçando os pontos de ação que não podem nunca ficar separados para dar boa impressão.
No meio do tecido, um bordado de suspense e romance, mesclado a um bom reforço com as fortes linhas do drama, entrecortado pelas finas linhas coloridas do riso, e justamente neste exato momento uma lágrima furtiva se aproveita, e perfurando o bloqueio anti-sensibilidade, escorre, manchando o tecido onírico, levemente amarelecido.
De uma linha a outra, na continuidade da costura cuidadosa, um perfume de lembranças, saudades ignoradas, nos assaltam e, pegos desprevenidos, somos obrigados a fechar os olhos e parar, outra vez, por mais um longo instante a fim de ouvir e entender o silêncio, e, como é uma costura comprida e ainda sem fim está repleta de pontas soltas.
O mistério da perfeição do tipo e modelo do tecido, se encontra nos pontos de exclamação e interrogação... para se poder entendê-lo, deve-se antes lapidá-lo como se faz com a pedra preciosa, pois, é somente depois desse árduo trabalho, que o entendimento reluz como as luzes maravilhosas de um glorioso dia de sol; é exatamente deste mistério que são feitos os preciosos botões mágicos que enfeitam o tecido, levemente amarelecido de minha história, que abrem e fecham as casas de nossas ilusões e doces pensamentos...

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