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domingo, 27 de agosto de 2023

O CORVO


Assisti ontem, ao filme O Corvo, na HBO, estrelado por John Cusack. A produção é de 2012, mas, só agora lembrei de ver, graças a uma postagem que vi no Facebook. Eu amo Edgar Allan Poe e leio e vejo tudo que lhe diz respeito. 

O filme trata dos últimos cinco dias da vida de Poe, em Baltimore, em meados do século XIX, em pleno período de eleições. Ninguém sabe o que aconteceu com Poe nesse meio tempo, pois foi encontrado praticamente desacordado, largado em um parque. Sozinho, sujo e completamente fora da realidade. Muitos acharam até que estava bêbado ou que estivesse sob efeito de outros tipos de drogas e há inclusive, a suspeita de que foi usado, sendo levado para votar várias vezes em diversos distritos. 

Bom… no filme, Poe, a essa altura, já viúvo, como sempre, está apaixonado perdidamente por uma bela mulher, de onde tira inspiração para seus poemas; no filme, é sugerido que o poema Annabel Lee foi dedicado a ela, a jovem branca e loira Emily Hamilton (Alice Eve), mas, claro, tudo é obra de ficção, Poe nunca teve essa namorada e o poema, provavelmente, foi escrito para sua jovem e finada esposa, Virgínia Clemm Poe. Enquanto vive essa paixão avassaladora, um assassino resolve recriar na vida real os contos assombrosos e sanguinolentos do mestre. Há uma corrida contra o tempo, quando Emily é sequestrada e em cinco dias, com a ajuda do chefe de Polícia, o detetive Emmett (Luke Evans), e sua equipe, Poe tenta descobrir quem é o autor de tantos crimes e o sequestro de sua amada. Um filme muito bom, com John Cusack, inteiro, na pele do maior escritor de todos os tempos.

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quarta-feira, 19 de julho de 2023

ANNABEL LEE

 




Annabel Lee

Edgar Allan Poe

Tradução: Fernando Pessoa.



Foi há muitos e muitos anos já,
Num reino ao pé do mar.
Como sabeis todos, vivia lá
Aquela que eu soube amar;
E vivia sem outro pensamento
Que amar-me e eu a adorar.
Eu era criança e ela era criança,
Neste reino ao pé do mar;
Mas o nosso amor era mais que amor --
O meu e o dela a amar;
Um amor que os anjos do céu vieram
a ambos nós invejar.
E foi esta a razão por que, há muitos anos,
Neste reino ao pé do mar,
Um vento saiu duma nuvem, gelando
A linda que eu soube amar;
E o seu parente fidalgo veio
De longe a me a tirar,
Para a fechar num sepulcro
Neste reino ao pé do mar.
E os anjos, menos felizes no céu,
Ainda a nos invejar...
Sim, foi essa a razão (como sabem todos,
Neste reino ao pé do mar)
Que o vento saiu da nuvem de noite
Gelando e matando a que eu soube amar.
Mas o nosso amor era mais que o amor
De muitos mais velhos a amar,
De muitos de mais meditar,
E nem os anjos do céu lá em cima,
Nem demônios debaixo do mar
Poderão separar a minha alma da alma
Da linda que eu soube amar.
Porque os luares tristonhos só me trazem sonhos
Da linda que eu soube amar;
E as estrelas nos ares só me lembram olhares
Da linda que eu soube amar;
E assim 'stou deitado toda a noite ao lado
Do meu anjo, meu anjo, meu sonho e meu fado,
No sepulcro ao pé do mar,
Ao pé do murmúrio do mar.



Cantilena do Corvo

EE-SE BLUE HAVEN

Ee-se encontrou Ahemed na saída de Hus. Dirigia-se ela aos campos de refugiados, nos arredores de Palmira, enquanto Ahemed seguia com seu pa...