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terça-feira, 25 de julho de 2023

"EU TOMO CONTA DO MUNDO" Parte 2"


Para Clarice


Clarice Lispector 

Publicada em meu perfil do Facebook, em 06 de Março de 2012, inspirada em uma crônica de Clarice Lispector intitulada "Eu tomo conta do mundo". Para ler a crônica original, abra o link: 



Ficar vigilante me causa imensa aflição. Olho para tudo; presto atenção, mas olho e presto atenção com certo receio. Temo Clarice, deparar-me com o absurdo de uma situação e não poder nada fazer. Mas, mesmo assim, mantenho-me de vigia. Cuido do céu, do rio, das matas, cuido das crianças e da vizinhança. Reparo nas árvores, no canto dos pássaros, no coaxar dos sapos. Cuido do manto estrelado da noite que cai, se o sol está frio ou quente demais. Dou-me conta da aflição e tristeza do pobre, da miséria material e espiritual que ronda a terra. Realmente o Cosmo dá muito trabalho, Clarice, e principalmente se o reconhecemos como nossa casa ou a casa de Deus, ou, se reconhecemos o cosmos como o próprio Deus e de Deus é difícil mesmo tomar conta.

Rostos inexpressivos, corpos sem alma, estão cada vez mais comuns. Gente que vive automaticamente, sem sequer dar-se conta de si mesmo ou de sua existência. Falo lucidamente, ou assim penso eu... é que são tantas as coisas para se tomar conta... inclua-se nisso tudo a floresta Amazônica, tão profunda e misteriosa, mas não infinita como pensam tantos, os arrogantes e gananciosos. O dinheiro que eu não ganho “tomando conta do mundo”, ganham eles tentando destruí-lo.

As estações estão enlouquecidas mal dá tempo de mudarmos com elas, o que ontem era de um jeito, hoje está de outro. O gelo, que se derrete nos polos e enche os mares, a camada de ozônio que está cheia de buracos, os rios que também se enchem demais, causando enchentes, ou secam, rapidamente, criando desertos e matando de sede o povo e os animais.


Cantilena do Corvo

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