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quinta-feira, 31 de agosto de 2023

#PAREM DE NOS MATAR!



Eu não me conformo com pessoas que se acham donas das outras. Todo dia, um "homem" comete feminicídio e em muitos comentários sobre assassinatos de mulheres, vem os misóginos dizerem que a vítima procurou seu destino fatal ou que "teve o que mereceu". Isso é de uma desumanidade… todo dia assassinatos, espancamentos, cárceres privados, motivados pelos motivos mais banais, como ciúme, inveja ou "honra ferida de macho", matam as mulheres, matam seus filhos também e muitas vezes, os filhos são do próprio assassino. Mulheres fortes, lindíssimas, de todos os níveis sociais e profissões, com carreira, com sucesso, e mesmo as mais trabalhadoras, simples donas de casa, que tantas vezes, possuem vida independente e de repente se ligam ao sujeito mais abjeto, o mais vagabundo e cruel possível. Por que isso acontece? Não sei se são apenas problemas de carência como tantos dizem. Medo da solidão? Não sei também… por que se dedicar a relacionamentos ruins, apenas por medo de estar só? Os "homens" enganam, mas fingem tão mal… Temos que parar de fazer péssimas escolhas, não sei como, mas temos que tentar. 

Ao tentar se afastar de relacionamentos abusivos, essas mulheres se vêem acuadas, ameaçadas e mortas. A chacina na Bahia, é mais um desses exemplos terríveis, dessa cultura patriarcal e nojenta, de despersonalizar a figura feminina, sempre com o intuito de que a violência gerada contra ela é, e sempre será, culpa dela; apenas dela. 

A chacina na Bahia é só mais uma tragédia que vem se somar a tantas outras mais, do que um ser trevoso, com minhocas na cabeça, é capaz de engendrar só por imaginar que a namorada ainda se relacionava com o ex; pensem… isso é de uma estupidez sem limites; aí, munido dessa ideia superficial, subjetiva, incerta, o sujeito vai lá, todo cheio das armas, certezas e "machezas", na casa da companheira, ladeado por mais três marginais para matar um só, um seu igual, tão tosco e bruto quanto ele mesmo, atolados ambos, até o pescoço na mesma lama, e acabam matando quase toda a família inteira, culminando a tragédia, no atear fogo na casa e assassinando mais duas pessoas, que não tinham nada a ver com a situação, duas mulheres, claro, como "cereja do bolo" da barbárie cotidiana; duas mulheres corajosas, que resolveram ajudar uma das crianças que lhes fora bater à porta, já que a família da moça visada, naquele momento, era composta apenas por crianças e adolescentes, jovens entre os 12, 16, 18 anos e um bebê, de apenas 1 ano, que foi poupado.

A criança de 12 anos, que, a princípio, escondeu-se embaixo da cama, a fim de escapar da execução, foi a que fugiu, ao ver a casa com o fogo ateado. Com parte do corpo queimado, imaginem a dor, ele correu e foi pedir ajuda às vizinhas, lhes selando assim, sem intenção, o trágico fim. Poucas pessoas, no luģar dessas duas mulheres, teriam ajudado o garoto, posto que o preço a pagar, foi alto demais, e no fim, pra quê tudo isso meu Deus? A pessoa é movida por tanto ódio, que mesmo sabendo que ao fazer mal ao outro fará mal a si mesmo, prossegue nesta autodestruição. É tudo tão insano e incompreensível. 

PAREM DE NOS MATAR! Simplesmente, PAREM!

Não somos propriedades, não somos objetos, somos pessoas, com livre arbítrio, alma e coração. Há na brutalidade desses homens, o resquício da besta-fera, que ressurge toda vez que um deles se sente enganado, espoliado em sua essência… na verdade, um "homem" assim é amaldiçoado. 

Mulheres, parem de se iludir. Não há amor no ciúme, não há romance na relação forçada, no estupro, no espancamento, na profanação dos corpos femininos, no abuso psicológico, mas há inveja, desamor e muito desequilibrio mental por parte deles.

Lembram da história A BELA E A FERA? pois é… por ser um clássico, mas possuir inúmeras versões, faz com que você geralmente, comumente, pense em Bela, apenas como uma boa moça, que para proteger a família, arrisca-se a viver em um castelo abandonado à mercê de uma besta-fera, que no final da história, se redime diante do amor e da bondade passiva mostrada pela protagonista. Claro, podemos dar inúmeras interpretações para esse conto de fadas, desde a concepção mais ingênua até o terror básico e clássico de ver a história toda psicanalisada, passando por dramas familiares, que vão do Complexo de Electra, incesto, narcisismo, inveja e manipulação. 

Bela, em minha interpretação da história, vive uma relação abusiva tanto com a família quanto depois, com a Fera. A Fera a mantém prisioneira, sem poder nem visitar a família, subornando a moça, enquanto faz toda espécie de chantagens emocionais e sentimentais. 

Mas, não apenas a família de Bela ou a Fera, que tem problemas. Bela também os tem, uma vez que ela faz parte do círculo problemático, vicioso, defeituoso, tempestuoso. Penso que sua submissão proposital para com a Fera, algo tipo "Síndrome de Estocolmo"; o apego exagerado ao pai e a relação unilateral e "compreensiva" que mantém com as irmãs, faz de Bela não uma pessoa boa, mas sim, narcisista, superior e um pouco manipuladora, contudo, não má. É apenas uma pessoa em busca de si mesma e como pessoa humana, com defeitos, quem não os tem? Todo mundo tem, por isso mesmo, devemos aprender a identificar os homens problemáticos. Tarefa fácil não é, porém, impossível, também não. Saibamos também identificar os nossos próprios defeitos, porque, ao conhecermos nossas falhas, poderemos fazer, com suavidade e sabedoria, nossas próprias boas e produtivas escolhas, enquanto estamos a pavimentar a estrada de nosso destino. Ter um parceiro de vida é bom, porém não é tudo. Aprender a conviver com nós mesmos e com nossa solidão, nossos problemas ajudar-nos-á a seguir em frente, sem depender emocionalmente de tantos ogros, alguns disfarçados de príncipes, mas tendo em comum entre si, o fracasso como ser humano; seres fracassados, libidinosos, invejosos, dispostos a nos mandar pro inferno, seja sozinhas (a preferência deles) ou junto com eles.






 

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