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domingo, 1 de junho de 2008

MENINA, SOLIDÃO, SONHOS E BOLAS DE SABÃO


Fim de tarde. À porta de casa, a menina brinca com lindas e coloridas bolas de sabão. Hoje não há vento para levá-las para longe. Há só uma menina solitária e seu brinquedo predileto. Também há espaço, pássaros e árvores, mas o lugar é triste, a casa é triste, a tarde é triste. A solidão da menina me atinge profundamente.

As bolas, lindas e coloridas, partem, indiferentes. Iguais aos sonhos, algumas alcançam grandes alturas, subindo até o infinito; outras esbarram em folhas e galhos, espalhando para todo lado milhares de pequeninas bolhas; outras ainda se estatelam no chão, cumprindo assim, seu efêmero destino. 


Do livro MORONETÁ-Crõnicas Manauaras, Virgínia Allan, Editora Valer

2 comentários:

Adoniran Leblon disse...

E até onde chegam as bolas de sabão?

E até onde chegam os sonhos?

E até onde as coisas são efêmeras?

Sayonara Melo disse...

Os sonhos e as bolas de sabão podem, como eu disse, alcançar grandes alturas, o destino... impreciso, infinito... e as coisas são efêmeras até onde as permitimos que sejam...

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