Fim de tarde. À porta de casa, a menina brinca com lindas e coloridas bolas de sabão. Hoje não há vento para levá-las para longe. Há só uma menina solitária e seu brinquedo predileto. Também há espaço, pássaros e árvores, mas o lugar é triste, a casa é triste, a tarde é triste. A solidão da menina me atinge profundamente.
As bolas, lindas e coloridas, partem, indiferentes. Iguais aos sonhos, algumas alcançam grandes alturas, subindo até o infinito; outras esbarram em folhas e galhos, espalhando para todo lado milhares de pequeninas bolhas; outras ainda se estatelam no chão, cumprindo assim, seu efêmero destino.
Do livro MORONETÁ-Crõnicas Manauaras, Virgínia Allan, Editora Valer
As bolas, lindas e coloridas, partem, indiferentes. Iguais aos sonhos, algumas alcançam grandes alturas, subindo até o infinito; outras esbarram em folhas e galhos, espalhando para todo lado milhares de pequeninas bolhas; outras ainda se estatelam no chão, cumprindo assim, seu efêmero destino.
Do livro MORONETÁ-Crõnicas Manauaras, Virgínia Allan, Editora Valer
2 comentários:
E até onde chegam as bolas de sabão?
E até onde chegam os sonhos?
E até onde as coisas são efêmeras?
Os sonhos e as bolas de sabão podem, como eu disse, alcançar grandes alturas, o destino... impreciso, infinito... e as coisas são efêmeras até onde as permitimos que sejam...
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