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segunda-feira, 4 de agosto de 2008

GATA BRANCA EM DESCANSO


Quieta ela estava, toda enrolada,
bola de pêlo, branca e sossegada
na cadeira de embalo do vovô
Quieta estava...
muito mansa...
a aproveitar o descanso...
nada a perturbava...
nem o lento, monótono, vai e vem
da cadeira de balanço...
fingia dormir, a gata manhosa...
de vez em quando, pondo os olhos a passear
pela sala silenciosa
mas, de súbito, pela janela aberta, entra,
voando, descuidada, uma jeitosa
radiante libélula
vem lá, a pobrezinha, em hora marcada,
de encontro à morte anunciada...
incauta, pousa ela ao pé da escada, depois,
voa, para o alto da porta...
nada repara em sua viagem
vai em zig-zag pelo espaço
sem dar-se conta do perigo à espreita...
o som do bater de asas
acorda quem já não dormia...estica-se, espreguiça-se...
e num salto ágil, eis a bichinha, presa,
entre as patas da gatinha, que, sem pressa
a brincar, a pega e solta e torna a pegar...

2 comentários:

Raphael Alves disse...

Já vi "esse filme"...adorei o texto, em cada verso a angústia pelo próximo...

# Poetíssima Prida disse...

Eu quero uma gata dessas pra mim!

Minha nossa, nunca pensei que amaria tanto uma gata depois de ler teu poema meu bem!

Saudades de ti!

Estava mal de saúde, mas agora pude refrescar meu ser com seus poemas!

Lindo! Amei!

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