Um corvo, um cobre

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domingo, 18 de maio de 2008



“O Uno permanece; o múltiplo muda e passa; A luz do céu brilha para sempre, as sombras da terra logo se esvaecem; A vida, como uma redoma de vidro multicolorido, tinge o branco esplendor da Eternidade, até que a Morte a faz em pedaços. – Morre, se queres estar junto aquilo que tens procurado! Segue adiante até que tudo desapareça!... Por que hesitar, retroceder, por que se contrair, meu Coração? Há tempos já não tens esperança... Não deixes mais a Vida separar o que a Morte pode reunir”.

(Adonais; Shelley, citado por Sirdar Ikbal Ali Shah, trad. Álvaro de Souza Machado)


*****

Um poema de Shelley para se pensar. A vida segue em frente e devemos deixar morrer todas as coisas, todos os sentimentos, para que o novo possa surgir. Não olhemos a vida, com os olhos do terror, mas sim com os olhos da renovação. Morte/Vida são palavras que vão além do literal e podem ser usadas e avaliadas em várias formas e sentidos. (V.A.)

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