Lá estava a velha árvore tombada no chão, as raízes à mostra, folhas espalhadas, e uma flor, tímida, que jamais se tornaria fruto. Os galhos, secos e retorcidos, alguns partidos, davam ao meu velho quintal um aspecto ligeiramente sombrio. O sol já declinava, e o lento cair do escuro da noite ajudavam a dar ao lugar uma maior e triste impressão. Ainda podia-se ver, de forma nítida, as letras A e S gravadas dentro de um coração desenhado no tronco... Meu Deus... há quanto tempo? Os amores vêm.... os amores vão... os amores permanecem... para sempre, há uma eternidade para cada situação. Um aperto no coração, uma saudade doída, sofrida... e a árvore tombada no chão lembrava-me e ao mesmo tempo, me devolvia toda a minha infância e juventude misturada a uma grande dose de desilusão ... mas, a pouca luz do fim de tarde, que insistia em não desvanecer-se, clareou-me o escuro que ameaçava se fazer por dentro de mim e de súbito a calma e a docilidade das coisas que me rodeavam me encheram de compaixão.
O céu continuava branco, de uma brancura incomum, carregado de nuvens, porém a melancolia cedeu a uma ternura sem fim e nem a saudade “não –sei –de –quê”, estranho sentimento, teve o poder de expulsá-la ... Respirei fundo e afastei-me do quintal... logo se fez noite de vez, mas, só do lado de fora... não dentro de mim.
O céu continuava branco, de uma brancura incomum, carregado de nuvens, porém a melancolia cedeu a uma ternura sem fim e nem a saudade “não –sei –de –quê”, estranho sentimento, teve o poder de expulsá-la ... Respirei fundo e afastei-me do quintal... logo se fez noite de vez, mas, só do lado de fora... não dentro de mim.
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