Tudo me causa pena e rancor
A beleza destruída, desperdício de vida
Flores caídas, frutos arrancados, dilacerados antes do tempo,
Deixados ao chão a apodrecer
Folhas miúdas lançadas ao vento
Predestinadas ao tormento
Que tento dizer?
Se vale a pena tanto anseio
Se vale a pena tanto tecer planos e sonhos
Pra tudo, num abrir e fechar de olhos, desaparecer
A figura amada, aqui, a sorrir, sob a tua proteção
E num instante é fantasma, figura de plasma
Aurora que a saudade teima em esperar
O luto eterno aderiu-me à pele
Cerrou-me os lábios
Empalideceu-me as faces
Secou-me os olhos
E encheu-me de pesar
Meu coração é fundo pântano, encharcado de dor e mágoa
Minha alma é noite trevosa
Perdida na insensata tristeza do pensar,
Ai, o tormento de nada saber
Ai, a dor doída, maldita
Mistérios de morte, segredos de vida
Desdita
Um olhar perdido, um corpo caido
Um sofrimento constante causa-me consternação
Como fugir de inconcebível precipício?
Quem me dera alcançar uma estrela
A mais alta, a mais brilhante
E guardá-la na palma da mão
3 comentários:
Hola Virginia!! Muy bello y triste amiga. Ojalá alguien baje esa estrella para que la guardes entre tus dedos.
Besosssss
Bom dia, amiga Virgínia.
Bravo!!
Poema maravilhoso e triste... parece espelhar a sua alma, nesse clima de quaresma.
Beijos.
Muito bonito! A tristeza serve de grande inspiração. Abraços!
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