Jalal ud-Din Rumi; Poemas Místicos; Divan de Shams de Tabriz;
Seleção, Trad. Introd.: José Jorge de Carvalho; Attar editorial
Com a maré da manhã surgiu no céu uma lua
De lá desceu e fitou-me
Como o falcão que arrebata o pássaro,
essa lua agarrou-me e cruzou o céu
Quando olhei para mim, já não me vi;
naquela lua meu corpo se tornara,
por graça, sutil como a alma
Viajei então em estado de alma
e nada mais vi senão a lua,
até que o segredo do saber divino
me foi por inteiro revelado:
as nove esferas celestes fundiram-se na lua
e o vaso do meu ser dissolveu-se inteiro no mar
Quando o mar quebrou-se em ondas,
a sabedoria divina lançou sua voz ao longe
Assim tudo ocorreu, assim tudo foi feito
Logo o mar inundou-se de espumas,
e cada gota de espuma
tomou forma e corpo
Ao receber o chamado do mar,
Cada corpo de espuma se desfez
e tornou-se espírito no oceano
Sem a majestade de Shams de Tabriz
Não se poderia contemplar a lua
nem tornar-se mar
2 comentários:
Hola Virginia!! Qué bello amiga!!Creo verdaderamente que el mar lanza sus voces...
Besossssssss
Bom dia, Virgínia.
Que lindo!
Se integrar e desintegrar na lua, viajar...
Beijos.
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