
Ao cair da noite
Solitário no fio
Canta um passarinho
Voa por um instante pra lá e pra cá
Ao redor do velho poste
Que de tão carcomido quase não mais se sustenta
Abandonado, meio tombado para o lado
Cheio de fios amarrados
Mas passarinho não quer saber da miséria humana
acumulada que invade casas, ruas e calçadas
Que invade toda a gente...
Quer mais é cantar seu canto
Sem espanto
Sossegado solitário no fio
Um canto de passarinho
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