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terça-feira, 22 de abril de 2008

POR ENTRE PEDRAS E ARMAS



Por entre pedras e armas, uma criança passa, indiferente aos homens estranhos, vestidos de negro.

Ela não percebe que o céu não é mais azul, é cinza, e que os anjos não mais existem, pois morreram sufocados pelas nuvens que, um dia, foram de algodão, mas que agora pesam como o chumbo.

De repente, um grito de alerta e ela procura um abrigo da violenta chuva que logo vai desabar; chuva de balas.

Na sôfrega busca pelo paraíso perdido ela não tem a mínima chance e corre de peito aberto de encontro ao perigo.

Na boca aberta um pedido de socorro é sufocado e nos olhos arregalados uma pergunta não respondida...

No pequenino coração, em meio de esperanças estraçalhadas, uma bala perdida faz morada e a cor cinzenta de seu cotidiano, dissolve-se no negror de mais uma morte inútil.

2 comentários:

Jordan Duailibe disse...

Só as crianças são felizes e não sabem o quanto...BeLo texto Virgínia

Sayonara Melo disse...

Obrigada Jordan pelo comentário. Espero que sua visita seja constante.

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