Um corvo, um cobre

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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

1/2/3/4/5/6...

Bebe, meu “Saki”, do “vinho” do amor que estou a te oferecer. Vem, estende a tua taça, serei teu escanção e pronta estarei a te servir sempre que o pedires,  rendida a tua vontade, no mais sincero ato de submissão. 
(Virgínia Allan)


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As quadras abaixo foram transcritas do livro Rubayyat; de Omar Khayyam; traduzido do persa para o inglês por Omar Ali Shah e Robert Graves; Tradução p/ o português por Beatriz Moraes Vieira; Edições Dervish

1

1/1 Enquanto a aurora, o arauto do dia cavalgando todo o céu, 
oferece ao mundo adormecido um "brinde ao vinho", 
o sol entorna ouro matinal sobre os telhados da cidade 
- O magnifico anfitrião do dia torna a encher seu cântaro.

2

/2 Então, soam gritos entre nós na taverna: 
"Acorda também, ó rapaz imprestável! 
Preenche nossas copas vazias com a medida de hoje, 
antes que se complete a medida de nossas vidas!"

3

3/3 "O galo canta alto para beber sua aurora, meu Saki!"
      "Aqui estamos nós, na fila do vinhateiro, meu Saki!"  
      "Isto é hora para oração? Silêncio, meu Saki!"
      "Desafia os velhos costumes, Saki, bebe a saciar-te!"

4

3/3 Rapaz tão raro, que te alças para saudar a aurora, 
favorece minha taça de cristal, verte rubro vinho! 
Por este momento, furtado ao escuro cadáver da noite, 
poderemos muito suspirar, nunca o possuir de novo.

5

4/4  Agora que em nosso mundo há riquezas ao alcance, 
corações vivos despertam e anseiam por vastas planícies, 
em que todo ramo floresce pela alva mão de Moisés 
e toda brisa é perfumada pelo hálito de Jesus.

6

6/6  Uma gloriosa manhã, nem quente nem úmida, 
as faces das rosas recém-banhadas de orvalho;
o rouxinol em phalevi, perscreve 
a toda face mais pálida "Vinho, vinho, vinho!"

domingo, 31 de janeiro de 2010

CHOVE... E COMO CHOVE...

Foto by Raphael Alves 


A chuva tamborila no chão
Uma canção
A chuva sempre canta e cantando
Vai molhando, vai molhando...
Cantando vai enchendo, vai enchendo o rio que transborda
E vira enchente que mata gente

Às vezes faz-se acompanhar
do ribombo do trovão e dos coriscos que cortam o céu
Parece cantiga de cordel
Mas a canção da chuva é um slow blues
Que põe aperto e desacerto no coração

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

EMOÇÕES À PARTE...



Emoções à parte, violetas em flor me aliviam o sentimento... Das nuvens, caem gotas coloridas de chuva que desaparecem no ar prontamente, antes mesmo de tocarem o chão. A terra consome rapidamente essa água, pois agora parece estar sempre com sede. Depois deste pensamento ecologicamente equilibrado e correto, penso em algo sem importância... Sem importância? Pra quem? Pra mim, pra você, meu bem... o que é que tem? Sem importância são todos os meus pensamentos neste dado/exato momento, até aquele da terra sempre com sede... Emoções à parte, violetas em flor me aliviam o sentimento... As nuvens se foram, mas o sol não voltou. Será meu coração, se pesado na balança de Maat mais leve que a sua pena? Creio que não... é meu coração, com certeza, um vil traidor. O gato me espreita. Um aviso da deusa? Quem sabe... Emoções à parte...




quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

O AMOR



A partir de uma lenda árabe


Allah possuía o amor por inteiro,
mas um dia, dividiu-o em vários pedaços
e nos corações humanos guardou-o
para que o procurassemos
como se fosse o amor um tesouro enterrado

Foi através do amor que Ele escolheu ser conhecido;
e a alma gêmea que buscamos, nada mais é que um reflexo
do amor divino, a uinão real pela qual ansiamos

Porém, tal como o tesouro escondido,
nem todos conseguem encontrá-lo, apesar de estar
num lugar acessível, são muitas as trilhas, os caminhos,
atravessando montanhas, vales e mares!

Assim, escuta o teu coração, ele será o guia nesta viagem...
Mas, se te cansares de tanto andar, sem nada encontrar, 
vai então e consulta-o novamente...


E ouvirás por resposta, que nem precisavas teres te afastado, 
nem terras sem fim visitado, bastava dentro de ti teres buscado e,
Tu, o único caminho terias encontrado 

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

VERSOS INQUIETOS





 Paris pela janela, Chagall, 1913


Faço versos inquietos
Como surgem em minha alma
Faço versos de agonia
Se me surgem na tristeza ou na alegria


A promessa de um céu ignoro
O temor de um inferno não me sustenta
Não temo fechar os olhos
Não carrego cruz ou água benta


Mas não ouso desafiar os fados
E nem descuido de meu cavalo
E acomodado ao tronco da palmeira
Ouço a promessa das estrelas




 

 




domingo, 24 de janeiro de 2010

O AMOR É UM DEMÔNIO





Hoje sonhei contigo
Vi em detalhes o teu rosto querido
E de tão nítido, nem sonho parecia
Estavas vivo

Senti tua mão na minha
Teu corpo de encontro ao meu
Ai, tanta saudade sentia
Queria mesmo tudo outra vez

Mas logo rompeu a alba
E desfez-se em fumaça
A doce lembrança...
Vi-me, na cama fria, triste, cansada e só

Não foi um sonho bom afinal, consolo divino vigiado pelos anjos
Nem atroz, infernal pesadelo preparado por mil djins
Foi peça cruel, armadilha fatal e silenciosa,
maquinada pelo vil demônio do amor sem fim

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

SEM PESAR...


 Hero_by_Sidkwa
 















E a chuva caiu sem pesar...
Encheu a cidade que quase se afoga
Em meio aos detritos da natureza morta

Em meu coração um aparte de toda essa tristeza

Ver a chuva cair dessa forma
Afasta dos meus pensamentos
As sombras que se estendem, soberanas,
como se o sol estivesse a pino


Lava a chuva a dor, a tormenta de minh’alma
Leva de mim o desabor
Leva também o desencanto
E a saudade de um amor que não passou

Passa a chuva, passa o tempo...







Cantilena do Corvo

DEMÔNIOS... OS MEUS, OS SEUS, OS NOSSOS

  Sempre indaguei da vida, se ela presta mesmo, apesar de, lá no fundo de mim, acreditar que sim, “a vida presta”, apesar de tantas barbarid...