ÁRIA DE CARNAVAL
Paris das Selvas, Carnaval de 1915.
Em verde cidade, em verdes anos, bailam foliões ao som de antigas marchinhas.
Belos carnavais de outrora!
Dentro e fora dos salões, a mascarada se anima. Afinal, é carnaval, é pierrot, é serpentina! Fantásticas cores, leves balanços.
Ao longe passam arlequins e colombinas, travando inocentes guerras de confetes, enchendo a rua de pontos coloridos, transformando as calçadas em adoráveis campos de batalhas.
Mas, também são verdes os olhos do ciúme, e observadores, na figura de Diana, se deleitam. Os tristes olhos que a deusa vigiam, guardam nos lábios palavras de queixas.
É a doce Ária1, adolescente ainda, que de deusa Diana se fantasia e do Olimpo desce para entre os mortais vir brincar, e nem percebe os tristes olhos frios, que de longe a vigiam, e feliz corre para seu novo par.
Tantos planos, tantos sonhos, para depois do carnaval. Por ora, só o baile é importante, a correria no salão é contagiante e todos esperam a aurora raiar!
Porém, eis que os acordes mágicos de um violino interrompem a brincadeira e os foliões, embevecidos, param, ao ouvirem a canção.
É Ária, que em seu violino toca uma valsa - talvez um presságio! ''Subindo ao Céu'', ela toca, quando um tiro é disparado!
O amor e harmonia que a melodia espalhava, são logo substituídos por confusão e espanto! E o baile, antes tão colorido, cinza torna-se!
Ária cai com o violino, deixando no ar os últimos acordes; de vermelho vivo se tinge o vestido e a tristeza, com seu manto, a todos envolve.
O novo par de Diana, na figura de um caçador, a arma dispara; na luta que trava com o oponente sofredor.
O tiro mortal a disputa encerra, pois a causa, jaz, estendida no chão!
Agitam-se os foliões e o leve corpo carregam, formando estranho cortejo!
A partitura fora rasgada, para sempre, calou-se a cantiga. Não é a deusa Diana, ''a caçadora'' quem nos braços carregam, mas sim, a doce Ária já sem vida!
Em verde cidade, em verdes anos, bailam foliões ao som de antigas marchinhas.
Belos carnavais de outrora!
Dentro e fora dos salões, a mascarada se anima. Afinal, é carnaval, é pierrot, é serpentina! Fantásticas cores, leves balanços.
Ao longe passam arlequins e colombinas, travando inocentes guerras de confetes, enchendo a rua de pontos coloridos, transformando as calçadas em adoráveis campos de batalhas.
Mas, também são verdes os olhos do ciúme, e observadores, na figura de Diana, se deleitam. Os tristes olhos que a deusa vigiam, guardam nos lábios palavras de queixas.
É a doce Ária1, adolescente ainda, que de deusa Diana se fantasia e do Olimpo desce para entre os mortais vir brincar, e nem percebe os tristes olhos frios, que de longe a vigiam, e feliz corre para seu novo par.
Tantos planos, tantos sonhos, para depois do carnaval. Por ora, só o baile é importante, a correria no salão é contagiante e todos esperam a aurora raiar!
Porém, eis que os acordes mágicos de um violino interrompem a brincadeira e os foliões, embevecidos, param, ao ouvirem a canção.
É Ária, que em seu violino toca uma valsa - talvez um presságio! ''Subindo ao Céu'', ela toca, quando um tiro é disparado!
O amor e harmonia que a melodia espalhava, são logo substituídos por confusão e espanto! E o baile, antes tão colorido, cinza torna-se!
Ária cai com o violino, deixando no ar os últimos acordes; de vermelho vivo se tinge o vestido e a tristeza, com seu manto, a todos envolve.
O novo par de Diana, na figura de um caçador, a arma dispara; na luta que trava com o oponente sofredor.
O tiro mortal a disputa encerra, pois a causa, jaz, estendida no chão!
Agitam-se os foliões e o leve corpo carregam, formando estranho cortejo!
A partitura fora rasgada, para sempre, calou-se a cantiga. Não é a deusa Diana, ''a caçadora'' quem nos braços carregam, mas sim, a doce Ária já sem vida!
Do livro MORONETÁ-Crônicas Manauaras; Virgínia Allan, Editora Valer
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