Amargam-se as relações
aonde os anos, em vez de fortalecerem os laços,
apenas os desfazem
Estranhas companhias em família,
Estranhos comportamentos
Estranhos casamentos
Estranhos, somos, uns aos outros, sempre
em melancólicas vivências, desamparadas ausências
Não me reconheço em meu irmão
Todo dia, levanto acabrunhado,
Assombrado por fantásticas, horrendas aparições
Tento esquecer os pesadelos, mas não encontro sossego
Perco o rumo por algum tempo
Nau desgovernada que gira em perigoso remoinho
de emoções no mar revolto por dentro de mim
Sob furiosa tempestade,
relampejos, clarões de verdade
rasgam o céu carregado, manchado por nuvens sombrias
Distante está o farol pra alumiar e me ajudar
a chegar a um porto seguro...
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