Na ânsia de encontrar o Amigo, demorei-me à beira do abismo; meus olhos ardiam, mas, não cansavam de O procurar e meus lábios, ressequidos, não cansaram de O chamar.
Na ânsia de encontrar o Amigo, vaguei perdido, noite e dia, perambulando por todos os caminhos, mas Ele não estava por onde andei.
Na ânsia de encontrar o Amigo, tateei na escuridão, clamei e chorei. Mesmo assim, Ele não teve piedade e para mim não voltou a Sua face.
Na ânsia de encontrar o Amigo, tateei na escuridão, clamei e chorei. Mesmo assim, Ele não teve piedade e para mim não voltou a Sua face.
Na ânsia de encontrar o Amigo, não pude me calar, e, fui consumida pela dor. Meus dias foram somente pena e solidão.
Na ânsia de encontrar o amigo, despojei-me de tudo e vestido de andrajos, mergulhei na aflição. Humilhado rastejei-me diante de Sua porta.
Quando, porém, meus apelos foram atendidos e o Amigo surgiu diante de mim, tive medo, e, tentei retornar sobre meus próprios passos, mas senti o peso de Sua mão e o terror dominou meu coração.
Ele me perseguiu com o fogo nos olhos e a violência das tempestades.
Fui aniquilada por Seu beijo.
A visão resplandecente do Amigo, me matou.
2 comentários:
A procura nunca é simples, muito menos o é o encontro do que se busca. Assim sendo, vivemos nas eternas dicotomias do buscar-encontrar ou perder-reencontrar. Mas é isso que torna a vida cheia. Quisera ela fosse ainda mais cheia.
Obrigado pelo comentário em meu blog e fico feliz que estejas acompanhando. Perdoa a demora em repsonder. Tens enorme talento. Aprecio a estética que aqui imprimes.
Raphael Alves
Raphael, grande prazer me causa sua visita, só tenho a agradecer, eu também gosto muito da sua escrita e do seu blog.
O comentário que fizeste... é assim mesmo que seguimos nessa vida, bunscando-encontrando, perdendo-reencontrando, vamos seguindo nesse ritmo até o último instante... atéo último sopro de vida.
Obrigada
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