
No céu do Oriente, há tempos não brilha a luz da estrela de Belém. Ela foi empanada por outra espécie de brilho, certamente menos belo, menos amável, menos intenso... porém, certeiro, rápido e mortal. Hoje, o que brilha no céu do Oriente, não são os foguetes de festas, nem de felicidades, e a fumaça que sobe não é um sinal de paz... O brilho, no céu do Oriente, é traiçoeiro, medonho e voraz. Ultimamente, as crianças palestinas tem sofrido bastante... elas estão levando a pior... pais assustados, desesperados... famílias inteiras, há anos, raramente escapam dos bombardeios lançados ou do brilho de ódio que percebem nos olhos do estranho que mora ao lado; ódio acumulado, tanto de um lado quanto de outro, por décadas e décadas de uma guerra interminável. Acontece agora tal e qual aconteceu outrora, em tempos remotos, quando Jesus e sua família fugiam da ira assassina dos soldados romanos; a história se repete do mesmo modo, brutal e cruel, mas neste cenário atual, nos dois lados, não há reis magos, nem José e Maria, há apenas meninos Jesus assassinados, homens e mulheres, seres humanos massacrados, desamparados, que recebem de presente do mundo calado porções de mísseis, fuzis, bombas, mártires suicidas e granadas de indiferença; indiferença que campeia triunfante por entre os homens errantes desta terra, que exercem em seus domínios, em puro delírio, egoístico poder... infelizmente, parece não haver solução... irredutiveis sãos os dogmas, as ideologias apregoadas, o ensinamento religioso deturpado... A Jihad islâmica, certamente continuará, Israel resitirá e será assim, até a destruição total... até o fim dos dias... Tomara que não... Estamos todos a espera de um milagre e não do Juízo Final...
Um comentário:
Belas palavras! *
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