
A carapuça que nos cabe...
“Não sou nada
Eu nunca serei nada
Aparte isso tenho em mim
todos os sonhos do mundo” (F. P)
E eles estão à venda... quem dá mais?
Vende-se ou troca-se sonhos
Por uma parcela ínfima de encanto
Um afago no ego e no reconhecimento, um brinde em taça de cristal
ao engano e ao talento
Vende-se ou troca-se sonhos
Por um momento de glória e descanso
Na fútil cama da fama, entre lençóis de cetim e colchas de seda
Um instante de descanso sem pensar em grana, por um tempo de fartura
Por um bafejo de esperança
Vende-se ou troca-se sonhos
Por moedinhas de cobre dourado
Um mísero cachê contado ou mesmo ainda uma bolsinha de couro remendado
Venha apreciar, por favor, o meu trabalho
Veja como faço bem a minha arte
Mereço ou não uma consideração?
Por favor, um pouco de atenção...
Continuarei “artista” apesar de tudo...
Adverso ou não aos prós e contras
Tenho direito aos meus 15 minutos
Estou à venda e não discuto
Aceito a esmola atirada no chapéu da mendicância
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