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sexta-feira, 20 de março de 2009
BORGES E EU
sexta-feira, 13 de março de 2009
RECORDAÇÕES DA CASA DA COBRA-CINZENTO ENTARDECER
De feio semblante
Não havia o brilho, nem a quentura do sol
Não havia o frio, nem as gotas de chuva
Pensei num poema
Olhei em volta
Mas, a tarde viúva não me comoveu
Era um sonho, uma quimera...
Desfez-se... com o escuro da noite que logo desceu
sábado, 7 de março de 2009
O GIGANTE EGOISTA
Um conto de Oscar Wilde
Todas as tardes, ao regressar da escola, costumavam as crianças ir brincar no jardim do Gigante.
Era um Gigante muito egoísta. As pobres crianças não tinham agora lugar onde brincar. Tentaram brincar na estrada, mas a estrada tinha muita poeira e estava cheia de pedras duras, e isto não lhes agradou. Tomaram o costume de vaguear, terminadas as lições, em redor dos altos muros, conversando a respeito do belo jardim por eles cercados. “Como éramos felizes ali!” diziam uns aos outros.
O Gigante desceu as escadas a correr, com grande alegria, e saiu para o jardim. Atravessou correndo o gramado e aproximou-se da criança. E quando chegou bem perto dela, seu rosto ficou vermelho de cólera e perguntou.
Fonte: WILDE, Oscar. Obra Completa. Organização, tradução e notas de Oscar Mendes. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1995.
sexta-feira, 6 de março de 2009
LUAR PELA FRESTA
É noite! Há uma fresta em meu telhado por onde a lua me espia
Demoro-me um tanto a espiá-la também Ligo a TV.
Leio um pouco.
Repouso.
Desacelero o coração
Rabisco palavras no papel, linhas ilegíveis de um pretenso poema, mas sou surpreendido com a queda de uma estrela, que, suavemente, passa pela fresta e inunda de luz o meu pensar.
Bom sinal!
Quem sabe meu sonho se torne real?
Assim como a lua e a estrela, o sol e a chuva entram pela fresta também
E me acalentam e me dão de beber.
Alimentam-me com novas palavras, muitas idéias...
E com elas construo um castelo, um novo universo
Renovo o discurso
Refaço o verso.
segunda-feira, 2 de março de 2009
DESENHO DE GIZ
Era um desenho de giz tão bonito, alegre, colorido... que, quem o via não pensava em o apagar e até mesmo as crianças ficavam encantadas e, em outra calçada, iam brincar.
Mas a chuva, que de nada se compadece, veio e borrou minhas esperanças, levando embora na enxurrada o desenho de giz, desfeito em água...
E minhas lágrimas foram tantas que competiram com a chuva...
domingo, 1 de março de 2009
SERENATA SELVAGEM
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
RECORDAÇÕES DA CASA DA COBRA-ÁRIA DE CARNAVAL
Em verde cidade, em verdes anos, bailam foliões ao som de antigas marchinhas.
Belos carnavais de outrora!
Dentro e fora dos salões, a mascarada se anima. Afinal, é carnaval, é pierrot, é serpentina! Fantásticas cores, leves balanços.
Ao longe passam arlequins e colombinas, travando inocentes guerras de confetes, enchendo a rua de pontos coloridos, transformando as calçadas em adoráveis campos de batalhas.
Mas, também são verdes os olhos do ciúme, e observadores, na figura de Diana, se deleitam. Os tristes olhos que a deusa vigiam, guardam nos lábios palavras de queixas.
É a doce Ária1, adolescente ainda, que de deusa Diana se fantasia e do Olimpo desce para entre os mortais vir brincar, e nem percebe os tristes olhos frios, que de longe a vigiam, e feliz corre para seu novo par.
Tantos planos, tantos sonhos, para depois do carnaval. Por ora, só o baile é importante, a correria no salão é contagiante e todos esperam a aurora raiar!
Porém, eis que os acordes mágicos de um violino interrompem a brincadeira e os foliões, embevecidos, param, ao ouvirem a canção.
É Ária, que em seu violino toca uma valsa - talvez um presságio! ''Subindo ao Céu'', ela toca, quando um tiro é disparado!
O amor e harmonia que a melodia espalhava, são logo substituídos por confusão e espanto! E o baile, antes tão colorido, cinza torna-se!
Ária cai com o violino, deixando no ar os últimos acordes; de vermelho vivo se tinge o vestido e a tristeza, com seu manto, a todos envolve.
O novo par de Diana, na figura de um caçador, a arma dispara; na luta que trava com o oponente sofredor.
O tiro mortal a disputa encerra, pois a causa, jaz, estendida no chão!
Agitam-se os foliões e o leve corpo carregam, formando estranho cortejo!
A partitura fora rasgada, para sempre, calou-se a cantiga. Não é a deusa Diana, ''a caçadora'' quem nos braços carregam, mas sim, a doce Ária já sem vida!
Do livro MORONETÁ-Crônicas Manauaras; Virgínia Allan, Editora Valer
Cantilena do Corvo
DEMÔNIOS... OS MEUS, OS SEUS, OS NOSSOS
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