Um corvo, um cobre

Se quiser jogar um cobre a um corvo pobre, será muito bem vindo: chave pix: virginiallan@hotmail.com

Quem sou eu

Minha foto
Manaus, AM, Brazil

Translate

Wikipedia

Resultados da pesquisa

Pesquisar este blog

terça-feira, 4 de agosto de 2009

SOPA DE PATO







Versão de uma das mil e uma histórias de Nasrudin


Por Virgínia Allan



Um dia lá bateu a porta da casa do Zé um compadre chegado do interior e para agradá-lo, o compadre lhe trouxe um pato e Zé, muito agradecido, mandou a mulher fazer um pato cozido.
O compadre não demorou em sua visita e logo se foi arrepiando caminho de volta.

No dia seguinte, Zé acordou com novas batidas na porta. Era um amigo do compadre do Zé que tinha lhe trazido o pato.

Zé mandou que entrasse e lhe ofereceu o que comer.

Na manhã seguinte, novas batidas na porta... e novamente na manhã seguinte e outra vez na manhã da manhã seguinte.

A casa do Zé virou restaurante, ponto certo de quem vinha de fora da cidade, sempre um amigo do amigo do compadre do Zé que tinha lhe trazido o pato de presente.

A mulher estava para largar o coitado, pois já não agüentava mais viver na cozinha, quando novas batidas soaram na porta da casa do Zé e o estranho com a cara mais lambida do mundo se apresentou como o amigo do amigo do amigo do seu compadre que tinha lhe trazido o pato.

O Zé se apoquentou, mas mesmo assim mandou entrar o dito cujo. Sentaram-se à mesa e Zé pediu à mulher que lhes trouxesse a sopa.

O visitante já lambia os lábios e esfregava as mãos, pensando na delicia que logo saborearia, porém, mal deu a primeira colherada fez cara de desgosto: “Ó meu amigo, que tipo de sopa é esta? Isso não passa de água quente”.

“Ora, tá reclamando do quê?” disse o Zé tranquilamente. “Essa, meu amigo, é a sopa da sopa da sopa do pato que o meu compadre e parente me trouxe de presente”.

Nenhum comentário:

Cantilena do Corvo

DEMÔNIOS... OS MEUS, OS SEUS, OS NOSSOS

  Sempre indaguei da vida, se ela presta mesmo, apesar de, lá no fundo de mim, acreditar que sim, “a vida presta”, apesar de tantas barbarid...