Lá no morro do Pavio
Vive o vento em assobio
Levanta folha de palmeira
Quebra galho de ingazeira
Lá no morro do Pavio
É tudo por um fio
Mas não tem insegurança
Que descarte a esperança
Lá no morro do Pavio
Não tem tempo ruim
Cada manhã é mais clara que a outra
E se chove ou faz frio
De repente, surge um lugar quentinho
Lá no morro do Pavio
A amizade não é apenas uma lembrança
Maria canta e embala uma criança
Há pelada no campinho
E uma boa pescaria no rio
Tem abrigo pros aflitos
As horas demoram a passar
Porém tem sempre coisas boas
Pra se fazer e se pensar
Lá no morro do Pavio
Quando bate o desassossego e a saudade
Surge logo uma novidade
E tudo então se transforma em canção
Na roda de um violão
Ai, quem me dera compadre
Matar essa vontade
Voltar ao morro do Pavio
E ouvir de novo do vento o assobio
Quem me dera compadre
Voltar aos tempos de criança
E sem saber dançar
Entrar na roda-dança
Estranha nostalgia o peito me invade
Dor de magoa magoada
Que nunca sara
Ai... É o tempo compadre, que nunca para
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