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sábado, 4 de outubro de 2008

SÃO FRANCISCO DE ASSIS




04 de Outubro é dia de São Francisco,
protetor dos animais e dos excluídos
No céu, brilham irmão sol e irmã lua
Na terra, de alegria cantam os pássaros,
pululam os peixes nas águas
O fogo murmura consigo uma prece
em louvor ao santo amigo





No ano de 1181 (2?) no dia 04 de Outubro do calendário romano, nascia na Itália, na cidade de Assis, o menino Francisco, único filho de Pedro Bernardone, um rico negociante de tecidos, e de sua esposa Madonna Pica.
O seu nome, a principio, seria Giovanni, possível escolha de sua mãe, porém, seu pai, que, dizem, possuía um grande amor pela França, acabou por rebatizá-lo como Francisco.
Na juventude, Francisco era um boêmio; um alegre trovador e como trovador, falava a linguagem dos trovadores, o provençal. Devo esclarecer que é fato sabido que os trovadores eram descendentes de músicos e poetas sarracenos, e um ponto de concordância entre os estudiosos é que a penetração de ordens dervixes muçulmanas no Ocidente, foi de enorme influência para o florescimento e o desenvolvimento de ordens monacais religiosas na Idade Média, estando Francisco, mais tarde como fundador de uma delas, a Ordem dos Frades Menores, entretanto, antes disso, temos de admitir, segundo alguns historiadores, que Francisco tentou, sem sucesso, seguir os passos do pai na lucrativa carreira de comerciante.
Pensando encontrar sua vocação nas armas, entrou para o exército aos vinte anos, na companhia militar de Gualtieri de Brienne.
Conta-se que Francisco foi chamado três vezes por Deus à conversão religiosa e depois de convertido adquiriu um estranho poder sobre pássaros e animais, chegando inclusive a amansar um lobo feroz que andava a atormentar as redondezas.
Sobre o santo Francisco de Assis versam muitas histórias, todas bastante interessantes, (desde problemas familiares, passando por doenças, romances, estigmas e milagres) mas, aqui quero ressaltar o seu lado poeta místico e de onde afinal, tirava inspiração para poemas belíssimos como o Cântico del Sole (Cântico do Sol), considerado o primeiro poema italiano, poema este composto logo após sua volta do Oriente... Bem, tudo indica que Francisco bebeu direto da fonte do sufismo.
Idries Shah, em seu livro OS SUFIS, nos conta que Francisco de Assis, homem de percepção extraordinária, ao chegar a idade dos trinta anos, fez três tentativas (novamente o numero três) de chegar ao Oriente, em busca talvez, de suas raízes trovadorescas, tendo na última destas três, partido para as Cruzadas em direção a cidades de Damieta, sitiada então pelo sultão Malik El-Kamil, acampado do outro lado da margem do Nilo.
Francisco adentrou o acampamento sarraceno na intenção de converter o sultão ao cristianismo. Porém, apesar de não conseguir o seu intento, mesmo assim, caiu nas graças do sultão Malik, admirado da imensa capacidade de Francisco, e ele além de dar-lhe um salvo conduto para ir vir quando quisesse ainda deixou que este pregasse abertamente o cristianismo aos seus comandados.
Essas idas e vindas ao acampamento “inimigo”, e a extrema simpatia que lhe devotava o sultão, tiveram seus efeitos e provocaram profundas mudanças em Francisco. Muitos acreditam que finalmente Francisco, entre o exército sarraceno, sua corte e seus príncipes, achara o que estava procurando.
Francisco morreu em Assis em 1225 e foi sepultado na Igreja de São Jorge. Dois anos após sua morte, em 16 de Julho de 1228, é canonizado pelo Papa Gregório IX.

Paz a todos e repito, para finalizar, os dizeres do poeta Jalaludin Rumi, citado ainda por Idries Shah: "Ainda que faças uma centena de nós, a corda continuará sendo uma só"




CÂNTICO DO SOL


Altíssimo, onipotente, bom Senhor,
Teus são o louvor, a glória e a honra
E toda a bênção
Só a ti, Altíssimo, são devidos
E homem algum é digno
De te mencionar

Louvado sejas, meu Senhor,
Com todas as tuas criaturas,
Especialmente o Senhor Irmão Sol,
Que clareia o dia
E com sua luz nos alumia
E ele é belo e radiante
Com grande esplendor
De ti, Altíssimo, é a imagem

Louvado sejas, meu Senhor,
Pela irmã Lua e as Estrelas,
Que no céu formaste claras
E preciosas e belas

Louvado sejas, meu Senhor,
Pelo irmão Vento,
Pelo ar, ou nublado
Ou sereno, e todo o tempo
Pela qual às tuas criaturas dás sustento

Louvado sejas, meu Senhor,
Pela irmã Água,
Que é mui útil e humilde
E preciosa e casta.

Louvado sejas, meu Senhor,
Pelo irmão fogo
Pelo qual iluminas a noite
E ele é belo e jucundo
E vigoroso e forte

Louvado sejas, meu Senhor,
Por nossa irmã a mãe terra
Que nos sustenta e governa,
E produz frutos diversos
E coloridas flores e ervas

Louvado sejas, meu Senhor,
Pelos que perdoam por teu amor,
E suportam enfermidades e tribulações
Bem aventurados os que sustentam a paz,
Que por ti, Altíssimo, serão coroados

Louvado sejas, meu Senhor,
Por nossa irmã a Morte corporal,
Da qual homem algum pode escapar
Ai dos que morrerem em pecado mortal!
Felizes os que ela achar
Conformes á tua santíssima vontade,
Porque a morte segunda não lhes fará mal!

Louvai e bendizei a meu Senhor,
E dai-lhe graças
E servi-o com grande humildade


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