Um corvo, um cobre

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quarta-feira, 19 de novembro de 2008

JAPANESE BLUES



Hey man... Existirá, dentre os sentimentos, algo pior que paixão recolhida? Sim... Aquele amor que jamais se esquece, mas, o qual, entretanto, a alma não aquece, pois pensar na mulher ingrata, bad dream, é manter aberta no peito a chaga... é lamber a ferida, dolorida, para sempre viva... Que, às vezes, cede, cala, porém, dissimulada, nunca sara! Afim de me livrar um pouco desse tormento, canto aqui, para vocês, o meu blues japonês...

My baby, mal me disse um alô
E logo me deixou...
Cavou daqui até o Japão
Em busca de uma nova paixão

Foi daqui pra nunca mais...
Ai, que falta ela me faz!

Sua indiferença grande mágoa me causou
Doeu fundo a sua ingratidão...
E por ter me deixado só, na solidão
Partiu meu coração

My baby, hoo, my soul, me deixou
E fugiu para o Japão
Descansar à sombra do imperador
Em busca de uma nova paixão

Foi daqui pra nunca mais...
Ai, que falta ela me faz!

Ela veio assim...
E mais rápido se foi de mim
Veloz como o tufão
Breve como a ilusão

Em um piscar de olhos
My baby, my soul, ooh no, me deixou....
Fugiu para o Japão

Foi daqui pra nunca mais, oh yá...
Mal me disse olá...
Nem me deu Sayonara...

terça-feira, 18 de novembro de 2008

RECORDAÇÕES DA CASA DA COBRA-DORIAN GRAY




DORIAN GRAY


Tradutor fiel de mim mesmo... sou um esboço imperfeito que em linhas tortas... amargas... quase apagadas... procura manter uma imagem... forte... sábia... e tenta sobressair-se... entre tantos outros esboços... com os mesmos defeitos... Auto-retrato... claro... de um Dorian Gray deturpado... Juventude... beleza... e perfeição... em sépia ou preto-acinzentado... restos de nada... pura ilusão... de ótica... de olhos que não vêem... além... de ambições malfadadas... de almas e corações... do impossível nunca dito... do fato nunca consumado...Tudo passa... sim... tudo se perde? Não... tudo se transforma...! É a natureza... o não aceitável... das coisas... e das situações... impermanência... ponto... e mais pontos... mutação... Por onde andará minha sorte...? Encolhida... Perdida por entre tantos descaminhos...? Adormecida no cimo de um monte... ou esquecida... escondida... no fundo de um abismo... mera lembrança... levada... lavada... misturada... nas águas de um rio que corre... célere... para o mar... Lá aonde se encontram as águas... ou... as mágoas... doces e salgadas... Violenta... e/terna... pororoca... de sentimentos e tormentos... amor e/terno... de rio e mar... deixa passar... deixa navegar... em águas tranqüilas... contente... feliz da vida... Mas... e eu... meu Deus... Por onde andei...? Em que falhei...? Que pontos não observei...? Que fiz eu... de meus sonhos...? Que fiz eu... de meus enganos...? Quantas chances... desperdicei... deixei passar? Quantas escolhas... ao azar...? Tudo fora de lugar... peixe preso no anzol... não há como escapar... Estou aqui... agora... só... do lado de cá... mais adiante... olá... não consigo enxergar... Meus olhos arregalados não me adiantaram... só fizeram chorar... e meus ouvidos atentos... apurados... deram crédito somente as mentiras... as ilusões... contadas pelos desafortunados... pobres... “caçadores de emoções”... maus atores... em apuros... vestidos de andrajos... em frangalhos... no papel... amarelado... imoral... da virtudesvirtuada... tratada como coisa normal... banal... pedaços desconexos de peças escritas às pressas... mal ajambradas... desajeitadas... mediocrementes... mentes... pensadas... representadas... pavorosas colagens... des/construções... da arte... no palco... em ruínas... do teatro... da vida... e na platéia... os vermes... à espera... longa mas não interminável... do banquete ambicionado... pausa... atos entre atos... Abomináveis... são... não?... Todos os pecados... perdoáveis... são... não...?! Junte as mãos... então... em oração... talvez assim... preocupado... rezes... e encontres... finalmente... a verdade... aquela... que salva... e liberta... na hora certa... a quem... alguém que... certamente... bem merece viver bem... em paz... com o “coração tranqüilo”... a bater no peito... desapertado... “a espinha ereta”... “a alma quieta”... para sempre... digo... Amém.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

DIA ETERNO



Enquanto o tempo não nos fere em desventura, ousemos por bem aproveitar o dia, gozemos então da mocidade, que, por vezes, muito cedo, desfaz-se em agonia.


E a aurora, que agora desponta, clara e radiante, em um instante, se fará noite escura, enquanto a lua crescente, serena, límpida, brilhante, penderá bendita por sobre a terra nua!


E as estrelas... Ah, belas e etéreas, dispersas pelo vento, serão meros enfeites a adornarem os semblantes dos viventes...


Outra manhã nascerá e com ela virá o silêncio e a solidão... Os sonhos serão herança apenas daqueles que herdarão a terra.


Mas, para o nosso consolo, na hora do crepúsculo que chega, prisioneiros, nunca mais haveremos de ser... Unidos na alegria e na tristeza, entregues estaremos à beleza do dia eterno que nos vem

domingo, 9 de novembro de 2008

TUA PRESENÇA






Amor, arrepios por minha pele sobem
Quando no sossego da noite me desejas
E se no aconchego de meus braços
em ardorosos prazeres te deleitas

Passa o dia lentamente
Se te demoras a chegar
Paira a tristeza em meu pensamento
Sombras turvam-me o olhar
E se é dia e o sol existe, ele não brilha, nem queima
E se é noite, não há lua, nem céu, não brilham as estrelas...
É noite fria, vazia e escura, em desencanto desfeita

Arroubos de impaciência me transtornam
e uma nuvem cinza meu rosto encobre
Tomam-me por ausente ou desvalido
Se teu nome repetidamente pronuncio

Quero tua presença, amor, constante, amante,
sempre ao meu lado, pois sem ti o que sou?
Um simples nada...coberto de nada
Um peixe fora d’água

Alma abandonada
Sem descanso, envelhecida
Semente fugidia
Destituída de esperança
Esquecida da lembrança

Ferida antiga, amiga, exposta no peito
O lamentoso pranto de uma dor doída

Um lago drenado
Uma flor que murchou
Um cântaro quebrado
A angústia que não passou

Um jardim fechado
Ai, ai... uma fonte que não jorrou
Um pássaro cativo, amor, descuidado
Que um dia voou e nunca mais voltou

sábado, 8 de novembro de 2008

EROS E PSIQUÊ


Eros e Psiquê, Antony Van Dick (1639/1640)


Quem amor, contou-te este segredo
Que do vulgo tento esconder
Quem amor me tirou o sossego
De te amar sem você saber

Quem amor contou-te este segredo
Que minha face de rubor encobre
Quem deixou-me o coração, célere a bater
Por ter te revelado quem tanto sofre

A tímida Paloma arribou para o norte
Foi fazer seu ninho em lugar escondido
Aonde nem a lua nem o sol
Possam descobri-lo

Assim como a Paloma é o amor que te tenho
Tímido, anseia voar...
Mas me impedem as asas cortadas
Que a esperança e a saudade, na verdade,
Desejam quebrar

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

REBANHO DESFALCADO



Detenha o tempo seu moço
Por favor, faça-o voltar
Detenha o tempo seu moço
Que eu não posso mais

Passivamente deixei passá-lo
Nem percebi crescer minha menina
Em mãos ignorantes deixei-a, em desamparo,
Refém nesse mundo de mentes aflitas

Meu amor transmudou-se em dor
O sorriso, ao meu rosto envelhecido não mais aflora
Pois cantigas de ninar, para ela, não posso mais cantar
Acalento ao seio d’alma a lembrança de uma filha morta

De meu coração sai apenas um réquiem distorcido
A oração já não me consola e minha alma despedaçada
Em um mar de transtorno se afoga. A dor é senhora...
Veio para ficar... nunca mais irá embora...

Tropecei... e em muitos momentos dessa jornada,
Deixei-me vencer pelo cansaço, omitindo-me
Nos momentos mais necessários, curvando-me a pressa e a vontade,
O viver dos condenados

Vitimas/cúmplices/displicentes
Somos sempre por livre, espontânea vontade
Dando sempre a outra face
Tratando bem a quem mal nos quer,
Driblando a angústia da miséria acomodada,
Concedendo aos diabos perdões disfarçados

Beijo de Judas nos rostos dos assassinos
Quando a vontade, em verdade
É gritar, é bater, matar ou morrer...

Então porque me calo?
Rebanho desfalcado
E há lobos que nem se disfarçam
Porque nos deixamos enganar?

Nem chorar mais consigo
Nó na garganta que me acabrunha a esperança
Que me adoece/adormece o espírito
Que me atormenta em febris delírios

E viver assim, com isso, seu moço, lhe digo
É o pior e o maior de todos os castigos...

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

INCUBU



E ela sonhou que ambos se encontravam e conversavam uma conversa estranha, esquisita... Também só pode ser estranha, esquisita, uma conversa com um demônio.
Ele queria alguma coisa dela, mas, não queria dizer o que era e ela ficou pensando, imaginando... : “O quê, realmente, seria importante para um demônio? Os sonhos? A mente? A alma? O coração?”. Jamais poderia desconfiar que falava com um demônio apaixonado e o que realmente lhe importava era obter, com absoluta certeza, de que possuía um amor real, sincero, constante e o melhor de tudo, plenamente correspondido.
E ela perguntou a esse ser fascinante: “Um demônio pode amar? Um demônio sabe amar?”
E ele lhe respondeu: “O amor é um demônio, portanto, um demônio pode e sabe amar, por isso habita um inferno tomado pelas chamas, pois arde num fogo vivo, e, por toda a eternidade, nele será consumido, porém, não é a sua carne que queimará eternamente, mas, sim sua alma amaldiçoada pelo amor infinito; distorcido; amor carregado, que de tão pesado tornou-se um fardo”.
E ela ouve do demônio, que a acaricia e lisonjeia palavras que jamais ouvira ou ouvirá de homem algum e sem nenhum pudor ou cuidado, se entrega em seus braços.
Ao fim de tudo, ele lhe diz entre sussurros: “Durma bem, meu amor, estarei sempre com você, em seus sonhos”. E lentamente, ele sobre ela se inclina e em sua testa, deposita um longo beijo de boa noite.

Cantilena do Corvo

EE-SE BLUE HAVEN

Ee-se encontrou Ahemed na saída de Hus. Dirigia-se ela aos campos de refugiados, nos arredores de Palmira, enquanto Ahemed seguia com seu pa...