Um corvo, um cobre

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quarta-feira, 18 de junho de 2008

terça-feira, 17 de junho de 2008

PROSA



Acho que alguém já disse que escrever é como tecer um tapete ou coser uma roupa... É bela e romântica a comparação...
Descobri outro dia, entre velhos papéis dobrados, rascunhos de desenhos e textos esquecidos, uma bela história escrita num antigo caderno de escola. A minha história... Nossa... fazia tanto tempo que o caderno estivera ali escondido que por pouco não o rasguei e joguei-o fora, quase ignorando a voz insistente, mas amiga, que não cansava de sussurrar em meus ouvidos para que não fizesse isto... Cedi, é claro, à minha intuição seria, realmente um gesto insensato, mas agora estou em dúvida se a conto ou não... A minha história é tão bonita, tão rica de detalhes e tão transparente... só não lêem os segredos revelados nas entrelinhas aqueles que nunca amaram ou nunca se libertaram de conceitos estereotipados...

PAUSA para pensar hummm... Pensando... Pensando...?!?!....Huuuummmm!

Não.... para o desconsolo de todos que apreciam conhecer um segredo, decidi-me por não contá-la , é pessoal demais para espalhá-la por aí, aos quatro ventos, então, sinto muito, mas a guardarei para mim... Por enquanto, porém, para que não morram de curiosidades, ou de inveja, limitar-me-ei aqui, apenas a contar sobre o tipo de material do qual é composta (a sua descrição, por si só, já garante uma boa dose de encantamento) um material especial do qual são tecidos todos os sonhos, como diria um famoso poeta inglês, uma vez que a minha história transpôs o papel e ficou pairando no mundo irreal (ou ideal?) e um tanto frágil da inevitabilidade das idéias...
Primeiramente, a fim de chamar a atenção, um fino e brilhante revestimento de palavras e frases de gentilezas vê-se logo na introdução, a costura, feita a mão, de um modo raro, entra e sai num alinhave de letras perfeito, unindo e reforçando os pontos de ação que não podem nunca ficar separados para dar boa impressão.
No meio do tecido, um bordado de suspense e romance, mesclado a um bom reforço com as fortes linhas do drama, entrecortado pelas finas linhas coloridas do riso, e justamente neste exato momento uma lágrima furtiva se aproveita, e perfurando o bloqueio anti-sensibilidade, escorre, manchando o tecido onírico, levemente amarelecido.
De uma linha a outra, na continuidade da costura cuidadosa, um perfume de lembranças, saudades ignoradas, nos assaltam e, pegos desprevenidos, somos obrigados a fechar os olhos e parar, outra vez, por mais um longo instante a fim de ouvir e entender o silêncio, e, como é uma costura comprida e ainda sem fim está repleta de pontas soltas.
O mistério da perfeição do tipo e modelo do tecido, se encontra nos pontos de exclamação e interrogação... para se poder entendê-lo, deve-se antes lapidá-lo como se faz com a pedra preciosa, pois, é somente depois desse árduo trabalho, que o entendimento reluz como as luzes maravilhosas de um glorioso dia de sol; é exatamente deste mistério que são feitos os preciosos botões mágicos que enfeitam o tecido, levemente amarelecido de minha história, que abrem e fecham as casas de nossas ilusões e doces pensamentos...

domingo, 15 de junho de 2008

FRAGILIDADE



Meu coração teima em ficar feliz só de ouvir a tua voz.
As aflições que me perseguem desfazem-se ao som de tua voz
O vento, a chuva, o sol, perdem a força, a importância e a cor ao som de tua voz.
Tua poesia misturada a minha melancolia elevam o meu ser até a uma fonte real de poder.
Sou menina, sou mulher ao som de tua voz.
Se não te ouço; se não te vejo, cai em mim o anoitecer. E muda não me satisfaço, pois somente em ti tenho prazer.
Arranca o gemido de minha boca e o segredo de meu coração. Minha alma implora por tua alma. Meu corpo implora por teu corpo, não apenas pelo gozo ansiado, mas pelo toque há tanto esperado onde alguém, único, desfaria para sempre as cortinas de ilusão.
Ainda cruzo um deserto e talvez sejas tão somente uma miragem ou então seja apenas o pálido reflexo dos meus desejos mais recônditos que me é devolvido pelo negro espelho da noite, ou o frio desse deserto que nunca me abandona, resolveu me assombrar e mandou-te, demônio, em forma de homem, sedutor e distante.
Sim... creio agora, que sejas mesmo tão somente um demônio ou uma miragem para que eu, na ânsia em fugir de ti ou de alcançar-te, vá cada vez mais para longe... de mim.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

QUIS BRINDAR-TE COM UMA CANÇÃO



Quis brindar-te com uma canção e deixei que o coração a começasse.
O coração rimou com a paixão, que desesperadamente voou para o aconchego dos teus braços.
Teus braços a envolveram, mas não suportaram a angústia de viverem entrelaçados e relaxando o abraço, deixou-a solta, vagando perdida no espaço.
A paixão muito chorou, mas sumiu, misturada à poeira do infinito!

quinta-feira, 12 de junho de 2008



Querido,

Espero que, onde quer que tu estejas, de alguma forma, possas zelar por nós. Meu amor, custa-me ainda aceitar seguir a vida sem ti. Eu não entendo (e talvez, jamais entenda) os motivos que te levaram a concluir teu destino de uma forma tão prematura e insensata. Penso que se tivesses resistido mais um pouco, um pouquinho que fosse, cairias em ti, e as nuvens negras que nos atormentavam passariam ao largo, levando para longe a violenta tempestade que ameaçava desabar sobre nós. Porém, as nuvens negras permaneceram, e a tempestade, enfim, desabou, mas somente sobre a minha cabeça. Ninguém mora mais em nossa casa; cortaram nossa roseira e tudo ficou frio e sem cor. Sinto tanto a tua falta... tuas filhas também. Os dias passam; e o tormento do qual tento me livrar sem muito sucesso, ainda é o mesmo, tudo me lembra você... e o que fazer com tanta dor? Todos diziam que isso iria passar, era só dar tempo ao tempo, mas, infelizmente, não sinto isto acontecer.
Anna Clara, a Danda, o nosso baby sol/baby soul está tão engraçada... Cada dia mais inteligente. Luisa, cada vez maior, bonita e esperta. Com o tempo, administrará sua vida (se Deus quiser) no caminho que lhe indicamos e de uma maneira melhor e mais produtiva que a nossa. Vê-la crescer dessa forma me tranqüiliza, pois além de poder cuidar de si mesma, saberá cuidar também de sua irmã.
Quase nada se modificou desde que te foste. O Brasil, e o resto do mundo continuam turbulentos e as perspectivas de um futuro não são nada animadoras. Tento deixar de lado meus sombrios pensamentos, mas não tem sido nada fácil. Sei que nunca terei respostas para o teu gesto insensato, todavia, indago-me o porquê dessa tua atitude todo santo dia. Algumas vezes sinto-me traída e custo a te perdoar... deixaste-me sem esperanças, com duas crianças pra cuidar e um caminho solitário a percorrer.. de qualquer forma,feliz dia dos namorados. Peço a Deus, Senhor dos Mundos, que me dê aceitação, pois somente assim eu terei um pouco de paz. Para ti, peço apenas que Ele te complete e te ilumine; para que, enfim, de volta ao caminho correto, possas obter o Seu perdão.

Com Deus
Com amor
Daquela que não te esquece

quarta-feira, 11 de junho de 2008

LAYLA E MAJNUN [1]



Desde que te perdi, não sou mais a mesma. Tu te foste, e tudo escureceu ao meu redor. Para mim, não há mais dia ou noite. Tanto faz se o sol brilha lá fora ou se desaba uma tempestade. Nada vejo.
Lembra-te de como éramos felizes? Muitas vezes ficávamos em silêncio, estudando o vôo dos pássaros ou observando os campos floridos ao nosso redor; brincando com os pequenos animais que passeavam sob o sol, o mesmo sol que te acariciava e te enchia de graça e beleza.
Minha vida sem ti, não é vida. Perdi-me de mim, pois só conseguia reencontrar-me diante de ti. Minha paz repousava em teus olhos; em teus meigos e amados olhos; tão castanhos... Neles, somente neles, é que eu podia contemplar a razão da verdadeira existência, pois vendo a ti via também a mim.
Dói-me saber que não posso mais de ti me aproximar. O amor ainda me queima; sou como uma vela cuja chama teima em não se apagar... Procuro acalmar esta dor com a música de minha flauta. Os animais, ao ouvirem o tom queixoso que dela sai, tomados pela compaixão, vêem e deitam-se aos meus pés e escutam com especial atenção nossa breve história de amor.
O vento balança as folhas das árvores que me cercam, mas o vento nunca me perturba, é sempre bem-vindo, pois me traz notícias de ti e o aroma de teu perfume... e depois ele dança...dança...dança... dança num alegre compasso a triste melodia.
Estou louca? Estou... Já que digo e repito que tu eras o próprio amor, e eu, apenas uma amante desvairada. Soubeste amar muito mais do que eu. Trazias-me trancada dentro de ti; em teu coração; nas profundezas de tua alma. Amavas em silêncio, enquanto eu impunha ao mundo o meu completo desespero e agora, o meu espírito não suporta mais a tua ausência.
Ainda somos um?
*****[1] Texto alusivo a uma história de amor, célebre no Oriente, do poeta sufi Nizami. Layla significa “noite” e Majnun, em árabe, “louco”.

terça-feira, 10 de junho de 2008

TENTATIVA




Não sei escrever poemas de amor.
Posso apenas dizer que te amo de viva voz, ao pé de teu ouvido, quando junto a mim te deitas e me falas baixinho.
Não sei escrever poemas de amor; desculpe-me. Este foi o único que tentei, mas os versos não vieram!
Porém, posso dizer que te amo de viva voz, ao pé de teu ouvido, quando junto a mim te deitas e me falas baixinho.

***

Que fazes aí, querido, sozinho nesta escuridão? 
Vem. Dá-me a tua mão e senta-te aqui comigo.
Esquece a tempestade que se forma lá fora. 
Amanhã, tudo já terá passado e tu, hás de reparar no brilho do sol. 
Agora, eu só quero te abraçar; sentar-me em teu colo e contar-te uma longa história.


segunda-feira, 9 de junho de 2008

DO AMOR ROMÂNTICO




Escuta, amiga e senhora minha, este teu bravo e gentil cavaleiro, que tendo percorrido terras do mundo inteiro, e vivido aventuras das mais intrigantes, deita aos teus pés os despojos da mais terrível batalha.
Saiba, amiga e senhora, foram para ti todos os meus pensamentos, devotadas a ti todas as minhas horas, incansável na refrega subjuguei-os por amor ao teu nome.
Por isso, não olvidarão jamais, este teu bravo e gentil cavaleiro, não olvidarão jamais, este teu doce e perfeito nome.
Pela verde planície em que vivi tão delirante aventura, para sempre se escutará, no rumorejar do vento, agitando as folhas das árvores, a canção do passado que se tornou presente.
Este será o meu legado para as gerações futuras, que elas possam cobrir o que deixei faltar. Se eu falhei como herói, não falhei como cavalheiro.
Que aquele vento, que sopra eternamente na verde planície, agitando as folhas das árvores, cantando a minha canção, possa me redimir.
Agi com as melhores das intenções, porque sempre fui fiel ao que acreditei.
Este vosso bravo e gentil cavaleiro foi fiel, porque sempre acreditou no amor.
Agora desejo somente o repouso. E a paz, que tão ferrenhamente busquei, possa me abrandar as penas. Que ela me envolva e faça calar o mundo.
Que eu ouça apenas a tua voz, amiga e senhora, e assim possa esquecer, ao menos por uns momentos, o que não mais poderá ser esquecido.

domingo, 8 de junho de 2008

ONIRICO



Bem-te-vi bem que te viu, no sossego do jardim, entre flores de jasmim...
Bem-te-vi bem que te viu e veio me contar para o meu dia alegrar...

***

Canta a perdiz ao entardecer uma canção infeliz...
Já não há no céu, o brilho do sol, porém a noite ainda não surgiu
Mas, pela fresta aberta do crepúsculo ferido, tímida, a lua espia...


***

No verão, partiremos rumo ao sol... 
Minha sombra e eu.

***

E ele um dia fez o que nunca fazia... 
Pôs na cabeça um chapéu, vestiu paletó e gravata e pegou uma carona para o céu, montando nas cores de um arco-íris que passava.

***

Na superfície da água, um pequeno arco-íris. 
Desejo de paz na tarde que se aproxima.

sábado, 7 de junho de 2008

DEVANEIOS



Amor, trocas, segredos, sussurros, suspiros, anseios. Mãos que levemente se tocam causando arrepios, desejos, desejos sem freios. Renuncia ao prazer, por quê? Medos; receios; na calada da noite, sofro. Deito, durmo, sonho; com você, pensamento noite e dia, tormento. Amor, música, sol e chuva, ciúme, tarde calma, noite escura, longa madrugada... Amor, vida a dois, casal, mesmice, chatice, filhos, dificuldades; dinheiro é bom, mas a vida é muito maior do que isso; novidades, saudades, passado, presente, futuro?... A Deus pertence e a nós também, quem sabe mais tarde, talvez um dia, a qualquer hora, em qualquer lugar, novamente a gente se encontre, pode ser muito tarde ou ainda muito cedo, ou então, novo recomeço; do quê?... Amor, esperança, vida a dois, casal, mesmice, chatice, filhos! Que bom seria, mas, de novo? Quero, não quero, o que queres? Voar? Voar é com os pássaros, será? Com os anjos, demônios ou com super-homens, somos todos especiais, uns mais que outros, liberdade, viagens, saudades, outra vez? Amo; amarei para sempre; ''amor que seja infinito enquanto dure, posto que é chama'', tomara que esta chama nunca se apague, que ela ilumine a eternidade, ''amor, peço perdão por te amar de repente'', mas não tão de repente! Há tempos trazias-me contigo, não sabias? Agora sabes, é tarde? Quem é que sabe? Espero que não, não, não lamentes, ''sigamos em frente que atrás vem gente'', apoio, segurança, simplicidade, amor de novo? De novo? Amaste antes? Quando? No verão? Não conhecias o amor? Amas agora? Amas de verdade, ou ainda não sabes? Pôr de sol, rio, fumaça, poesia, estrela, lua, vida, morte, linda morte, morremos sempre, um pouquinho a cada dia, a cada tarde, a cada noite, deitados na cama, assistindo televisão, passando um avião, no silêncio encontra-se a solução? Amor, estado de graça, plenitude, harmonia; amo; amarei para sempre e tu?... Também?

Cantilena do Corvo

EE-SE BLUE HAVEN

Ee-se encontrou Ahemed na saída de Hus. Dirigia-se ela aos campos de refugiados, nos arredores de Palmira, enquanto Ahemed seguia com seu pa...