Infelizmente, não estou podendo atualizar os assuntos sobre o blues. Meu notebook pifou e todas as notas estavam lá... estou meio perdido... uma mente em branco, embora não queira isto dizer que esteja totalmente sem memória... Estou lendo ROCK, A MÚSICA QUE TOCA, do escritor sempre super-antenado Simão Pessoa. Uma leitura muito aconselhável a todos os amantes de uma boa música, assim como de uma boa história. Neste livro, Simão, em cuidadosa pesquisa, reconta a história do rock, com todas as suas divisões, começando com a Country Music/Hillbilly, Blues/R&B, Rockabilly/Rock 'n' Roll e assim por diante, chegando aos dias atuais com New Age/Guitar Dance, Britpop/Crossover... com todos os seus heróis e seus altos e baixos. Longa trajetória feita de tristezas, suor, lágrimas, mas alegrias também. Quem ainda não leu, deveria ler... Aliás, o livro faz parte de uma trilogia, sendo: Rock, a música que toca; Reggae, a música que pulsa, e Funk, a música que bate, estes dois últimos com edições esgotadas e sem previsão de reedição... é isso, “quem tem, tem, quem não tem se contêm”... é o que estou tentando fazer, me conter e não ficar me lamentando por ter perdido algo que me seria agora de grande ajuda. Lançado no verão de 2004, Rock, a música que toca passou por um episódio tragicômico que se não fosse pela persistência/paciência/resignação de Simão, teria ficado, para sempre, onde fora parar, isto é, na cesta de lixo, pelo desproposito de uma secretária do lar que Simão apelidou carinhosamente de “terremoto californiano”. Sim, lá se foram os originais, mais arquivos e recortes acumulados durante anos. Nessa época pensou até em defender a pena de morte para crimes hediondos. Mas, ainda bem que ele recomeçou e nos brindou com um excelente apanhado de uma preciosa história, comum a todos... senti falta apenas das presenças femininas, que, parece-me, Simão deixou um tanto de lado... talvez não de forma proposital, talvez apenas lhe tenha passado desapercebido... principalmente no Blues... Bom, nao será a primeira vez que ele ouve uma queixa sobre algo que deixou de comentar... já lhe aconteceu, na época do lançamento da primeira edição Passei anos só na vontade de comprá-lo, porém, nunca estava muito bem de grana a ponto de fazer a despesa. Há poucos dias, “sem quê nem pra quê” isto é só um modo de dizer, pois, na verdade, tudo tem um propósito) Rock, a música que toca, veio ter em minhas mãos, e eu, como bom cristão que sou, agradeci aos céus por este grande favor, embora, às vezes, lá no fundo, desconfie, que, tudo tenha sido mesmo obra e graça do demônio...