Um corvo, um cobre

Se quiser jogar um cobre a um corvo pobre, será muito bem vindo: chave pix: 337.895.762-04

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sábado, 22 de julho de 2023

FOTOPINTURA: TÉCNICA FRANCESA, JEITINHO BRASILEIRO

 

Fotopintura: Minha mãe, aos 26 anos, 
imagem restaurada pelo artista, ilustrador 
Jean Okada.


A fotopintura é uma técnica francesa surgida em 1863, que consistia em usar a base fotográfica em baixo contraste, e assim reproduzia a imagem numa tela, claro, tudo feito a mão. O pai da invenção foi o fotógrafo francês André Adolphe Eugene Desderi, uma figura bastante popular de sua época. Essa técnica se espalhou pelo Brasil, principalmente pelo Nordeste brasileiro, tornando-se um meio de eternizar imagens de pessoas queridas e até de famílias inteiras. Tenho raízes nordestinas, por conta de pai e mãe, portanto ao menos um quadro desses tínhamos que ter. Um tempo atrás, algum familiar pegou o retrato e havia sobrado apenas umas cópias fotografadas através do vidro da moldura e minha mãe tinha muita vontade, de ela fosse restaurada mas ninguém deu jeito, até encontramos Jean Okada e o resultado é este… simplesmente maravilhoso; a imagem de minha mãe eternizada sem precisar de Inteligência Artificial. Tudo feito no velho esquema: mão, programa de computador e um hábil desenhista.


AQUECIMENTO GLOBAL, RESFRIAMENTO MORAL

Olá, como vai? Aceita um pouquinho de calor neste novo amanhecer?!



Estudos dizem que aquecimento global está encolhendo o cérebro humano ou seja a humanidade está emburrecendo. Daqui a pouco, a inteligência que já é rara entre nós, praticamente deixará de existir.



TICO E TECO, UMA FÁBULA 

Tico e Teco viviam em guerra, a atrapalharem-se mutuamente pelo uso do espaço que deveria ser comunitário. Mexe aqui, enterra ali, desenterra alá, corre pra acolá. Era assim todos os dias, todas as estações. Nem percebiam as mudanças que se sucediam após cada batalha descabida pela posse do pequeno espaço e como também isso impactava a vida de todos ao redor.

Bom, enfim, um dia, após uma violenta tempestade verão, com a luz do sol inclemente a passear, sobre tudo perceberam o caos que haviam provocado. Não era apenas o efeito da natureza naquilo tudo, havia na verdade, a ação de suas patinhas sujas de esquilos briguentos, preguiçosos e relapsos, que de tanto mexer onde deviam e não deviam, em nome do desgaste, da mesquinharia e da ambição, encontraram o jardim desabitado, com a grama ressecada, pequenas árvores tombadas, o riacho poluído, cheio de galhos, folhas e outros detritos… e, para coroar o desacerto final, todas as sementes de nozes que tantas vezes cairam em abundância das altivas nogueiras, encontravam-se jogadas, alienadas, e completamente encolhidas e ressecadas. 

Tico e Teco entreolharam-se espantados e em vez de unirem-se para a reconstrução, entraram em nova discussão a saber quem era o culpado do quê, mas, desta vez, deu curto-circuito e a raiva era tanta, que ambos caíram duros no chão. O vento veio, passou por cima deles, assobiou e se foi.










 




SÓ, MAS NÃO DESACOMPANHADA

Com o aumento da violência, especialmente contra os mais vulneráveis, tem sido difícil ficar pelas ruas até mais tarde, e foi pensando nisso, que a Eletromidia, desenvolveu esse projeto gentil e extremamente genial.



sexta-feira, 21 de julho de 2023

TONY BENNETT

 


Tony Bennett


Tony Bennett, pra mim, tem gosto de infância e sessão da tarde, do tempo em que era feliz, com meu pai e avós ainda vivos, tios jovens e mãe pragmática. Tem gosto de aconchego, casa arrumada e merenda da tarde. Dias ensolarados, tardes calmas e noites venturosas. Tony Bennett tem gosto de passado, presente e futuro,tudo junto, tem gosto de um outono sem percalços, sobre o qual ninguém fala ou sequer pensa, mas que um dia vem, com toda certeza.. Tony Bennett, seu nome é SER-EN-IDADE. Descanse em paz.   

Lovecraft

Muita leitura de Lovecraft, dá nisso. Para mim, o mundo anda muito Lovecraftiano.

 

NOVOS/VELHOS CONCEITOS SOBRE ARTE


Nos últimos anos, tenho tentado me expressar além da escrita, pois faz tempo que tenho me sentido aprisionada diante de todas as (im) possibilidades apresentadas. Tinha até ficado feliz com os resultados, que aplicativos e plataformas de NFTs poderiam proporcionar, ampliando a visão de mundo e conceito sobre arte. Como cidadã brasileira, um país que sofreu um grave retrocesso com um desgoverno proporcionado por um palhaço metido a ditador, sofri, como tantos outros de nós, ao ver nossa cultura, submergida em um mar de lama, porquê, imagine, se tínhamos um desgoverno, que não se preocupava com o mínimo, como iria querer que o povo se expressasse através da arte? A verdade é que não só em nosso país, mas, no mundo todo, sinto abrirem-se e se manifestarem, novas tendências e necessidades de pessoas que buscam um caminho individual e coĺetivo ao mesmo tempo e eu estou entre elas. As ferramentas estão aí, ao nosso dispor, mas é preciso saber onde procurá-las. Não encontrei muitas, infelizmente, nessa busca quase insana justamente para manter-me sã. Nada mais libertador do que a gente pensar, criar, inovar e sobretudo, poder compartilhar o conhecimento, contudo, tenho achado bastante difícil me organizar nessa desorganização.

 


NAVEGAR É PRECISO, VIVER NEM SEMPRE



https://youtu.be/dco5i_pzNns


Eu penso muito sobre a morte e sobre a vida, mas penso muito mais em como a morte muitas vezes chega assim, de surpresa, sem fazer alarde, sem se fazer anunciar. A morte está sempre ao nosso lado, todo dia, mas preferimos não pensar nela e seguimos assim pelo mundo meio que desatento de tudo. Os perigos estão sempre à espreita, contudo, se formos mergulhar assim, de cabeça, em pensamentos mórbidos, deixamos de viver. Existe um ditado dos povos originários americanos, que diz: "Hoje é um bom dia para morrer" e posso acrescentar ou um bom dia para viver; e como diz também o cantor Gilberto Gil: "Se a morte faz parte da vida e se vale a pena viver, então, morrer vale a pena" e como cereja do bolo, a frase de um poema de Fernando Pessoa: "Navegar é preciso, viver não é preciso". Talvez, foi pensando assim, que quatro Nigerianos entraram furtivamente no pequeno compartimento que compõem a hélice de um navio, e desse modo lançaram-se ao mar, sem equipamento, praticamente sem água e sem comida. À noite era fria de rachar e de dia, era um calor desgraçado. Os quatro refugiados resistiram entre 11 e 14 dias, e foram resgatados quando o navio chegou ao Brasil. Estavam com fome e desidratados, mas felizes por, enfim, pousarem os pés em terra firme e ficaram mais felizes ainda, ao saber que tinham vindo parar em terra brasilis. Uma aventura e tanto, que só quem é capaz de engendrar é quem não tem mais nada a perder.


https://globoplay.globo.com/v/11793908/


Um velejador australiano  por  sua vez e uma cadela chamada Bella, foram resgatados após mais de dois meses à deriva no mar. Cansado, Tim Shaddock, 54 anos, e a cadela, estavam bem de saúde. Tim, estava muito agradecido, mas sentiu-se solitário em alto mar e só não foi terrivelmente atingido pela solidão, porque tinha Bella consigo, uma cadela das ruas do México, que o seguiu até o barco, seguindo com ele mar afora. Animais são anjos de quatro patas, acho que a missão de Bella era cuidar de Tim por todo esse tempo, embora Tim, mesmo grato à Bella, a doou a um de seus resgatadores. Achou melhor não levá-la com ele para a Austrália. Não quero julgar, mas, não sei como ele conseguiu deixá-la para trás, contudo, acho que a missão de Bella em relação a ele, acabou ali, afinal, "viver não é preciso".  


Gustavo e Gabriel, haviam chegado um dia antes à Alagoas, com a família


Duas histórias com finais felizes, que poderiam ter terminado muito mal. A última que contarei a vocês, infelizmente acabou mal. Em Alagoas, em Maragogi, exatamente na costa de corais, na praia de Peroba, um pai, dois filhos e um sobrinho, faziam uma trilha perto da praia, quando uma onda os atingiu, arrastando-os ao mar. O pai dos meninos conseguiu salvar o sobrinho, mas não os dois filhos, que, nas buscas, foram encontrados abraçados. Tinham 11 e 16 anos. As pessoas costumam dizer... ah.. a vida é assim... é... a vida é assim, mas poderia não ser, contudo, só me resta alegrar ou entristecer, com aquilo que chamam de "desígnios de Deus". Como cantava Gal: "É preciso estar atento e forte, não temos tempo de temer a morte". Atento e forte, quase nunca estamos e a morte, e não tememos a morte mais que tudo, acho que a ideia ou a noção do que seja a morte, nos passa desapercebida, como se fossemos, de certa forma inatingíveis, eternos,  maiores que o tempo e contamos com a sorte para tudo... e daquele jeito, só mais um pouquinho e conseguiremos, mas a boa sorte, tem prazo de validade que não condiz com nossa vontade.                



Cantilena do Corvo

EE-SE BLUE HAVEN

Ee-se encontrou Ahemed na saída de Hus. Dirigia-se ela aos campos de refugiados, nos arredores de Palmira, enquanto Ahemed seguia com seu pa...