Só porque a letra é minha
A música é de Renato França
e a voz poderosa é de Augusto Rocha
As imagens do vídeo, são uma mistura daqui, dali, dacolá
Imagem de Zé Povinho, personagem criado em 1875, pelo caricaturista português, Rafael Bordalho Pinheiro, numa charge intitulada Calendário Português, para o periódico de humor político, A Lanterna Mágica, afim de criticar de forma humorística os problemas políticos, sociais e econômicos do país.
TRÊS QUESTÕES
1. Se você é pobre e ignorante; sem escola, sem trabalho, marginalizado, você não tem condições de pensar por você mesmo, certo?! Tem que atribuir esta função a outros.
2. Se você é pobre e ignorante; sem escola, sem trabalho, marginalizado, é porque você é preguiçoso e quem lhe diz isso é aquele que pensa por você e você tem que aceitar e se acomodar em sua condição de inútil, vegetal, porque o senhor lá é que sabe das coisas, posto que estudou mais e não você, e você, "inocentemente" espera; espera, acredita em promessas, não por ingenuidade, mas, por omissão, embora você nem saiba o significado desta palavra ou talvez, nem jamais a tenha sequer ouvido, na verdade, você não é burro, nem omisso, você é apenas um ponto em questão; relevante, em alguns casos; você é apenas um "inocente útil"; sim, "inocente útil"; roda de engrenagem barata, mas sólida, ator coadjuvante, numa grande história, cujos diretores; roteiristas e até as camareiras, vivem a lhe dizer da possibilidade de você ser escalado um dia pra um importante papel, mas, quem sabe somente na próxima; na próxima e dessa forma, lhe mandam sentar e esperar e você obedece, senta e espera, espera, até que venha a sua vez não de atuar romanticamente, mas, enfim de servir de "boi de piranha"; ou "bode expiatório"; "laranja"; " testa de ferro" em um excelente negócio, onde todos levam o seu, menos você, que acaba sempre por pagar o pato (pato com laranja) e mesmo tendo todas as condições físicas para tentar correr atrás de algo mais condizente com sua situação, você não corre porque aí é que mora o perigo; claro, se você correr, o bicho pega, (você nem lembra que se ficar, o bicho come e dessa parte, nem fazem questão mesmo de lhe lembrar) se você correr, capaz de perder todos os benefícios, o qual agora usufrui e pelo qual aguardou por tantos, tantos anos, e depois, correr pra quê?! Se aquele que pensa por você se sacrificou, lutou e agora diz que o tempo passou e você não tem a menor chance, a menor condição psíquica pra subir mais um degrau na escala humana; na escada da vida, é difícil, você precisa ter "amigos" e aí, mais uma vez, você acredita.
3. Por mais que você seja pobre, ignorante, tosco, sem escola, marginalizado, você pode perceber vez por outra, que te fazem de bobo; mas, você não se revolta, até esquece, porque não sente a necessidade iminente de clarear as ideias e dizer o que sente, por vergonha ou temor, porque quem pensa por você, diz que você não tem nenhum valor e já deveria estar acostumado, uma vez que tem que ter cuidado, pois "quem diz o que quer; ouve o que não quer", oooohhh, não há maior verdade.
Bom, não generalizando, citei estes três pontos; a necessidade amplia a vontade inerente de voar um pouco mais alto, mas, a preguiça, aquela a qual todos nós estamos sujeitos, não deixa você pensar duas vezes sobre as suas reais possibilidades de alcançar outros céus, porque te disseram desde cedo que é feio admitir que você é realmente preguiçoso e que por isso abriu mão de toda responsabilidade e defesa para consigo mesmo, posto que, era mais fácil depositar tudo sobre o ombro "amigo" do outro. Agora, o outro voa cada vez mais alto, mas sem a preocupação/obrigação patronal; efetiva; emotiva de ter que te carregar às costas.
Ee-se encontrou Ahemed na saída de Hus. Dirigia-se ela aos campos de refugiados, nos arredores de Palmira, enquanto Ahemed seguia com seu pa...