Um corvo, um cobre

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segunda-feira, 8 de setembro de 2008

O SONHO DE MARIA



Sobre a cama antiga e tosca
Maria estende uma colcha de rede
feia e remendada...

Um suspiro profundo, um acalanto...
um sonho ainda não realizado...

Pronta a cama
Deita-se Maria
e sonha
um sonho quente e delicado...

Maria sonha
Sonha Maria
mas não com amores impossíveis
jóias e outras coisas caras

Maria sonha mesmo é com uma colcha
de um reluzente cetim dourado.

domingo, 7 de setembro de 2008

FANTASMA DE MIM


Sombrio céu dentro de mim
Onde chove todo o tempo
Pequeninas flores desabrocham
mas logo morrem afogadas em mágoas
dor lancinante do viver descontente

Refugio-me no sonho
Trago para dentro da teia de maya
Imaginária, o retorno à nossa casa
E o meu vagar pelos quartos
Silenciosos, à tua procura, sem descanso

DISTANTES




Por que meu amigo
Não podemos mais simplesmente sentar e conversar
Como fazíamos antes?
O que mudou nesta longa história?
Não aprecias mais minhas indagações?
Não aprecias mais minhas observações?
Não aprecias mais a música que ainda escuto?
Ainda te resta algo de Songs From The Wood?
Por que meu amigo
Não podemos mais rir de tuas piadas sem graça?
E hoje mal se escuta a tua gargalhada?
O que mudou nessa longa estrada?
Certamente mudou a expressão de meu rosto
A calma nele é tristeza disfarçada
E como “os olhos são a janela da alma”
Deve te incomodar a verdade do que vês
Por que meu amigo
Não podemos mais contar velhas histórias?
Ou falar pequenas e grandes bobagens
Divagar sobre a vida, a evolução do homem ou a expansão do Universo?
Por que não podemos mais aprender, beber direto da fonte
da sabedoria dos antigos, comentar e meditar sobre os grandes livros
Compartilhar um bom copo de vinho como fazíamos antes?
Para onde foi nossa amizade?
Ou será que talvez ela nunca tenha existido?
Nossos cantos não nos contentam sabemos disso
Não espantam nossos males escondidos
Sinto muito meu amigo que as coisas tenham caminhado dessa forma
Não posso mais contar com teu ombro...amigo...
Ainda vamos juntos na mesma jornada afora
Companheiros de viagem na travessia dourada, na caravana de sonhos,
da coragem irmanada e do esforço sobre si
Caminhada dura caminhada
Mas não podes mais segurar minha mão
E por mais que eu queira não consigo mais segurar a tua...

sábado, 6 de setembro de 2008

PARAISO PERDIDO



Constrange-me o lento/veloz passar das horas
e em meu espírito instala-se o desejo impossível do retorno ao paraíso.
Mas pregado à porta deste céu almejado eis um recado: “Paraíso fechado pra balanço. Período de retorno, indeterminado”.

A VIDA É...

para Daise

A vida é uma viagem
Por vezes longa por vezes breve...
O tempo exato e leve de um sopro
Um suspiro um espirro um cochilo...
Mas que importa o tempo gasto
se foi bem empregado?
O fim da viagem? Uma incógnita...Importa?
Importa é seguir adiante
Não perdido entre brumas
brancas espumas
atolado nos mangues
afogado em lamas
tragado por areias movediças
envolto em frias
doces
cruéis
sublimes
torturantes
armadilhas...
O ideal é deixar-se levar
nas asas do vento voar
que bem conhece o rumo certo a tomar
Voemos então..bem alto...pra longe...além dos montes
lá para aonde vivem os anjos
Antes de virarmos poeira tomemos de empréstimo
o brilho das estrelas...

sexta-feira, 5 de setembro de 2008


Para Anninha

Lá vem a menina
Tocando a cornetinha
Perturbando toda a gente
Da sala à cozinha

Fi-fi-fi
Fi-fon-fá
Fi-fi-fi
Fi-fon-fá

Iaiá ó Iaiá
Ensina-me a cantar?
Como pra quê ó Iaiá?
Quero fazer par com a menininha
Que toca a cornetinha sem parar

Ela faz fi - fi- fi- fi- fon-fá....
Faço eu lá-lá-ri-lá-ra-lá...

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

TRÊS BREVES POEMAS PARA ANA C.

Ana Cristina Cesar

A mulher com a sombrinha azul
Passeia num lugar distante
Sombra errante séria
Nem liga se está em Paris
ou Londres
E “A teus pés” desiste dos sonhos
***
Paz para a alma ferida
Perdida por entre soluços
Lá onde vagueia a tristeza
solene, chorosa, magoada
vestida de luto
***
Um floco de neve
Uma gota de chuva
Uma manhã de orvalho
Tudo se desfaz
Ao toque do sol



Cantilena do Corvo

EE-SE BLUE HAVEN

Ee-se encontrou Ahemed na saída de Hus. Dirigia-se ela aos campos de refugiados, nos arredores de Palmira, enquanto Ahemed seguia com seu pa...