Um corvo, um cobre

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quinta-feira, 4 de novembro de 2010




Dijo el profeta de Allah

Quien ayuda a las viudas y a los huerfanos
es como si hiciera el yihad por la causa de Allah
o como si ayunara todo el dia
y estuviera despierto adorando a Allah toda la noche

(Sahih al Bujari)


Disse o profeta de Allah:
Aquele que ajuda as viúvas e os órfãos
É como se, todo dia, pela causa de Allah, travasse uma guerra santa
Ou é como, se, todo dia, praticasse o jejum
E assim, desperto, estivesse por toda noite, em adoração! 




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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

GRANDE E SILENTE MISTÉRIO





Vontade imensa de chorar
Vontade de gritar “pára o mundo que eu quero descer”
Mas, quando olho para os lados
Pra frente ou para trás
Percebo que não posso
E murmúrios de anjos mandam-me continuar
Ainda resta uma longa estrada
Não sei se deserta até o fim... por enquanto sim
No momento
Não há nenhum passante
Nenhum discreto, sereno viajante
Que possa me acompanhar
À estalagem mais próxima
De qualquer forma
A viagem é perigosa
Há lobos e bandidos ao longo do caminho
A morte sempre à espreita
Poucos abrigos
Poucos amigos
Poucas esperanças
Confesso
Tenho medo
São muitos os receios
Acalmo o coração
E acomodo-me ao tronco da palmeira
Que cresce no Oasis distante, meu refúgio
Que, para o meu alivio
Conheço bem o destino
Lá, o sol é tolerante
A água refrescante
O vento faz seu discurso delirante
E a lua me reanima
Com seus segredos
Penetra-me com sua luz
E embala-me na rede do crescente
Durmo tranqüila entre as nuvens
Povoadas de sonhos
A realidade então não me parece mais tão brutal, tão cruel,
tão importante, tão caprichosa...
E apreendo, por curtas horas que equivalem à eternidade
A natureza íntima, a essência única e divina do grande e silente mistério




segunda-feira, 1 de novembro de 2010

REVERSO

Não me incomodavam teus arroubos de impaciência
Nem teus modos impossíveis ao falar
Fechava-me em copas
Agarrando-me aos poucos sonhos que
ainda guardava dentro de mim
Tempestade que logo amainava
Na absoluta quietude da paz de um entardecer
Agora, displicente, a vida passa, com a certeza
De que não irei mais encontrar-te em meio a tantos rostos estranhos
Roda desesperança... sobe e desce
De anseios/devaneios 
Taças de tristezas misturadas a gotas de alegrias
Nunca secam o meu pranto
Universos paralelos... onde estás?
À distância, tudo parece tão romântico, tão diferente
Foste um dia, como um príncipe encantado de um conto de fadas
À lutar pela mulher bem amada
Sofrendo, porem,  na seqüência
Pela dura lida de um viver apreensivo
Partiste, enfim, em uma longa jornada
Pra não mais voltar
Levando quase tudo contigo   
E na história inacabada
Sobrou apenas o encanto de duas jóias raras
Duas princesas abandonadas
A mercê de ogros, lobos e vampiros 

segunda-feira, 25 de outubro de 2010




Há um peso a segurar a porta
É para o vento não empurrá-la com força
E não acordar a quem está adormecido!
Quieto, até o gato parece adivinhar meus pensamentos
Então, fecha os olhinhos e encolhe as patinhas
Comodamente deitado na almofada da cadeira de balanço
Uma saudade antiga se me insinua no coração
Tristeza infinda, indefinida
Nas minhas letras, nas minhas frases
Estende-se um sol dourado
Mas, nuvens escuras logo se formam
E grossas gotas de água caem do alto dos olhos
Avexa-se minh’alma
Com tantos tormentos
A aparente calma
É desânimo constante
Abrem-se as cortinas
Mais um dia!

sábado, 23 de outubro de 2010

MANAÓS



Manaus de muitas cores 
Manaus de mil amores
Icamiaba
Valente
Amazona
Guerreira 
Onça pintada
Moleque Saci
Mapinguari
Jurupari
Curupira 
Makuna-imã
Trapalhão atrapalhado pajé 
Muiraquitã talismã
Des-corado boto cor de rosa paixão
Tucuxi
Coração
Garantido
Caprichoso
Toada
Vermelha
Azulada
Cidade
Céu verde
Esmeralda
Adormecida
Contida
Esperança
Dança
Dança
No bojo da Caninana
Cobra malvada
Indiscreta Senhora das Águas
Mãe da cidade sagrada
Guardada pela Yara
Nas profundezas do rio
Escondem-se mistérios
Espelho secreto
Onde
Serena surge
A lua Jaci
Menina/moça/mulher
Cabocla morena
Vistosa
Cunhãporanga
Nua  
Cheirosa
Brejeira
Perdida na feira
Casas de palafitas
Amantes do velho Cais do Porto
Seguro
Rodway flutuante
Pr’além do rio
Uirapuru verde oliva
Se disfarça
Em meio à fumaça,
Em meio à tinta
Em meio à resina
Em meio ao quase
Esquecido passado
Uma Manaus moderna
Quase psicodélica
Teima em se sobressair
E pra sempre existir
Mas, no coletivo in-consciente
Persistem os temas
Renovam-se os poemas  
Recontam-se as lendas
Histórias inventadas
Desconhecidas
Descabidas  
Nunca contadas
Nunca sabidas
Ecoam
No silencio
Cantigas
Perdidas
Luzes cintilantes de fogo-fátuo
Olhos mágicos e medonhos de M’boy tatá
Um pedaço do teatro trazido da Europa
Papagaios
Verdes
Azuis
Araras
Vermelhas
Amarelas
Se projetam na tela
Salve, salve ela...
Mon amour, tres joli
A Paris das Selvas
Ainda é aqui!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

GATITO MIO











Gatito pula da cadeira
Senhora dona acabou de chegar
Grande pátio à espera lá fora
Correr é sempre hora
Brincar até cansar

Lua não apareceu no céu, bela preguiçosa
Noite escura, venta sem parar
Ora, ora senão é a chuva
Que já, já vai despencar

sábado, 16 de outubro de 2010

O MESTRE


O Mestre

 


Naqueles tempos, em que a escuridão dominava a terra, José de Arimateia, acendeu uma tocha feita de pinho e desceu das colinas até ao vale. Tinha algo que fazer na sua própria casa.
E viu, ajoelhando-se sobre as duras pedras do Vale da Desolação, um jovem nu que se lamentava. Os seus cabelos eram da cor do mel e o seu corpo como uma flor branca, mas tinha-se ferido e colocado cinzas no cabelo, como se de uma coroa se tratasse.
Ele, o que tanto possuía, disse para o jovem que estava nu, a chorar: «Não me surpreendo que o teu desgosto seja tão imenso, pois Ele era certamente um homem justo».
Nesse instante, o rapaz respondeu: «Não é por Ele que choro, mas por mim próprio. Eu também transformei a água em vinho e curei o leproso e dei vista ao cego. Caminhei sobre as águas, e dos túmulos que tinham por esconderijos, expulsei demónios. Alimentei esfomeados em desertos onde nada existia que se pudesse comer, e ressuscitei mortos das suas estreitas habitações, e à minha ordem, diante de uma grande multidão, uma figueira estéril frutificou. Todas as coisas que esse homem fez, também eu as fiz. E, contudo, ninguém me crucificou.»

 

in Poemas em Prosa, Oscar Wilde
Traduzido por Possidónio Cachapa


Cantilena do Corvo

DEMÔNIOS... OS MEUS, OS SEUS, OS NOSSOS

  Sempre indaguei da vida, se ela presta mesmo, apesar de, lá no fundo de mim, acreditar que sim, “a vida presta”, apesar de tantas barbarid...