Há um mar por dentro de mim
que ora calmo, ora violento
vai em ondas quebrar
na praia do meu desalento
Não sofro mais como antes
porém, não sorrio com tanta avidez
Não desperdiço o tempo que necessito
iludindo-me com insatisfeito,
torto viver
Preencho com este mar bravio
o que ainda me resta de vazio
Sinto sede, sinto frio...
Mas, ciente da dor que se foi
que aos poucos, lentamente,
se esvaiu
Sorrio, agora, incerta da certeza mortal
que tudo encerra, do silêncio sepulcral que nos cerca
o cotidiano feito às pressas, cheios de emendas e detalhes que nunca se desfazem
Aonde foram parar as horas?
Enfim, deixarei de lado
meu rosário de lamentos
Ai, minha Nossa Senhora Desatadora dos Nós
Ora pro nobis!
Nenhum comentário:
Postar um comentário