Um corvo, um cobre

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quinta-feira, 17 de agosto de 2023

A BESTA ARGENTINA



E está todo mundo falando do "ogro", "a nova besta argentina", Javier Milei. Imaginem, quem gosta de contos de terror, a "vida moderna" está recheada delas. O Brasil passou por Bolsonaro e agora vemos a Argentina cair no mesmo golpe da extrema-direita. Não adiantou o nosso exemplo, agora, os "los hermanos", querem passar por si mesmos pelo caos.

Javier Gerardo Milei, de 52 anos, mas parece ter bem mais, além de sofrer do defeito estético que carregam todas as almas corrompidas, é um economista, recém-chegado na política pertencente ao que se chama de baixo clero, disputa a presidência pelo partido Liberdade Avança; ele se declara um libertário, adepto do "anarcocapitalismo", recentemente, venceu as eleições primárias, que são obrigatórias para a definição final dos candidatos que concorrerão à presidência da República, no próximo 22 de Outubro.

Milei é o novo pesadelo da América do Sul e se seguir os passos de Bolsonaro, e parece que vai, será o maior pesadelo da vez no circuito mundial; depois de Trump e Bolsonaro, eis que surge um Milei. Nem preciso dizer que ele vem de um lar desestruturado, e desde a adolescência, sofreu bullying e era conhecido como "O Louco"… daí você tira. Seus amigos mais próximos são a irmã Karina, taróloga, a quem consulta e pede conselhos e a quem também chama de "chefe", e seus cinco cachorros da raça Mastiff. Dizem que ama tanto os cachorros, que até estuda telepatia e se comunica com seu cachorro mais velho, morto em 2017, também para se aconselhar. Milei só confia no tarot da irmã Karina, e através dele, escolhe em quem pode ter ao lado ou não, daqueles que estão em seu entorno. Milei promete tudo o que já prometeu Bolsonaro, inclusive indiferença às causas das minorias, violência e morte e sobretudo, promete abrir as portas do inferno sobre a terra.

Pobre Argentina… havemos de chorar por ti e por nós. A sensatez e a inteligência, a tolerância e a bondade, parece que foram varridas da face da terra.





 

quarta-feira, 16 de agosto de 2023

LUMINESCER

Todos nós temos um pouco o dom da clarividência, embora muitas vezes, de modo inconsciente.. principalmente quem escreve... Assim foi com muito de meus poemas.. o desta foto, por exemplo, repostada em 30 de Outubro de 2018... na verdade, é de bem antes.. Fevereiro de 2015... 

Foto de um tronco cuja imagem esculpida pela natureza, faz lembrar um homem sentado, espantado no centro da calçada da Avenida Getúlio Vargas. Talvez, em seu espanto, adivinhasse o futuro escuro... tão escuro quanto a tarde do dia em que o vi.

Manaus, 4 de Fevereiro de 2015

segunda-feira, 14 de agosto de 2023

"UM LUGAR MELHOR EM ALGUM LUGAR"


Dia 27 de Julho, o MIS (Museu da Imagem e do Som), inaugurou a exposição "Um Melhor Em Algum Lugar", sobre a vida do lendário bluesman, B.B.King, morto em 2015, aos 86 anos. Homenagem mais que merecida. A exposição vai até o dia 08 de Outubro.

               https://youtu.be/nIlX8_ycSNU


B.B King by Jean Okada 


1934, Itta, Bena; Mississipi. Sem melancolia, Boy atravessou o vasto campo de algodão. Ora murmurando uma canção; ora apenas olhando o céu e sentindo o sol sobre e sob a pele. Os raios entravam, penetravam, entranhavam.. Ardiam, como sempre arderiam, porém, o fogo/ardor/calor do sol afugentavam qualquer tristeza. Era sozinho no mundo e talvez, sozinho viveria até o fim de seus dias, tinha apenas nove anos e já sabia, conhecia a solidão.

Começou a tocar por alguns trocados, na esquina da Igreja com a Second Street. Mas, a vida, algumas vezes, se nos apresenta de forma um tanto enigmática. Não era escravo, não tinha nada, nem ninguém, apenas a pobreza extrema a lhe achacar o corpo, mas, a alma, não, poderia ir, pois, pra onde quisesse, ganhar 35 dólares aqui ou em qualquer outro lugar, tanto fazia.. quem sabe, mudando, sua sorte, haveria de mudar também e assim, Riley Ben King foi, se foi com o violão, seu bem mais precioso tal como o de tantos outros... foi-se arribou do Mississipi, deu adeus ao campos brancos de algodão... Por fim, chegou a Memphis, Tenesse, ponto de esperança onde o destino não o decepcionaria... dito e feito e um dia, sábado a noite, ouviu um som diferente, o som mais lindo que já ouvira em toda a sua vida, era Stormy Monday, tão bem tocada na guitarra por T-Bone Walker - .. então, ele soube, Young Boy, soube que era aquilo que queria fazer, tocar blues. Desenvolveu um estilo de tocar simples, com poucas notas, preferiu, e ainda prefere, assim, já que ele mesmo diz que "posso fazer uma nota valer por mil." Deste modo, comprou uma guitarra, uma Gibson de 30 dólares, que quase queimou num incêndio numa noite de inverno de 1949. 

Naqueles tempos, soía comum nessas casas noturnas, sem muito luxo, para aquecer o salão, encher meio barril com querosene. Dois homens puseram-se a brigar e derrubaram o barril, espalhando as chamas por todo o lugar. Soube depois, que a briga começou por causa de uma mulher chamada Lucille e por causa disso, desde então, passou a chamar a todas as suas guitarras de Lucille, para que assim o episódio jamais esquecido, não mais acontecesse.

Agora, Blues Boy King, não estava mais só, tinha o blues, tinha Lucille, tinha toda a gente e consideração e tocando blues, alcançou fama, fortuna, posição social, reconhecimento, satisfação. Era e continua a ser, um dos grandes entre os grandes. Não fazia, nunca fez e nunca fará, vergonha a si mesmo. Devia/deve tudo ao blues e ainda hoje, quando ouve alguém dizer que não entende o blues, que não gosta de blues, old Blues Boy King, volta aquela noite de sábado, onde ouviu T-Bone tocar pela primeira vez e imbuído do espírito do blues que nunca o abandona, põe-se a tocar e não desiste até que o outro, por sua vez, esteja também totalmente convencido.

Tédio


Ai, ai... em cima de um 🍄 
havia um gnomo entediado.


E FREUD EXPLICA

 

Na imagem, Freud e seu cão Jofi, 
da raça Chow Chow.

💕💕💕

(Via Ricado Bristot)

E Freud explica:

-Freud: Que objeção pode haver contra os animais? Eu prefiro a companhia dos animais à companhia humana.

-Viereck: Por quê?

-Freud: Porque eles são mais simples. Eles não sofrem de uma personalidade dividida, da desintegração do ego, que resulta da tentativa do homem de se adaptar aos padrões de civilização demasiado elevados para o seu mecanismo intelectual e psíquico [...] ]

-Viereck: Então, você é um grande pessimista?

-Freud: Não. Não permito que nenhuma reflexão filosófica me roube o prazer das coisas simples da vida.

Os motivos pelos quais se pode amar um animal com tanta intensidade, é porque ele possui emoções simples e diretas, de uma vida singela, liberta dos conflitos de uma sociedade que impõe restrições.

É mais fácil nutrir amor pelo simples.

Trata-se de um afeto sem ambivalência.

Os cães não possuem uma personalidade dividida, nem a maldade do homem civilizado, tampouco o sentimento de vingança dos homens.

Um cão tem a beleza de uma existência completa em si mesmo.

E apesar de todas as divergências, quanto ao desenvolvimento orgânico, o cão possui um sentimento de afinidade íntima e de solidariedade incontestável.

💕💕💕

___

Entrevista feita por George Sylvester Viereck em 1930, Semmering, Áustria. (Tradução de Maria Teresa Dóring)

sábado, 12 de agosto de 2023

Inverno entre verões


Tenho vivido tantos invernos
mesmo em meio aos verões que já nem estranho...
Uma saudade de um raio de sol me invade

Um pai leva com cuidado a filha ao colo
Sorriso suave estampado no rosto onde o sol se derrama
em mornas caricias... Fios de cabelos de anjo soltos ao vento
de uma cálida, límpida manhã

Fui feliz assim, um dia, nessa constância de uma vida in - comum

Sopram agora outros ventos
Sussurram agora em meus ouvidos outras doces, monótonas cantigas
E antigas vertigens retornam aos meus dias

Invisíveis tormentos me acalentam os sentimentos
Fogo brando que nunca se apaga...

Revolvo minha alma nessa estranha saudade
de tempos idos, que não mais voltam
Dói-me o peito
Brota a mágoa
Invernos de solidão em meio a verões de silêncios

sexta-feira, 11 de agosto de 2023

A QUEDA DA CASA DE USHER






Em breve, 12 de Outubro, estreia na Netflix, a adaptação do conto de Edgar Allan Poe, A Queda da Casa de Usher, pelo excelente Mike Flanagan. 

A história de Poe, lançada em 1839, conta sobre a visita do narrador a um amigo de infância, Roderick Usher, que vive em um solar assombrado e devastado, junto com sua irmã gêmea de saúde frágil, Lady Madeline.

Ao chegar, é informado por Roderick, um artista estranho e hipocondríaco, que Lady Madeline está morta e ele precisa de ajuda para colocá-la no mausoléu da família. Porém, Roderick parece pertubado e por fim confessa que acha que Lady Madeline pode ter sido enterrada viva. E numa noite, enquanto Roderick lê certa história em voz alta para o seu amigo, aí o horror começa, com passos, batidas violentas e vibrações cada vez mais altas, até culminar com a própria aparição de Lady Madeline, toda ensanguentada, pronta a se vingar do irmão. O horror é indescritível e o fim de Roderick Usher e o solar, chegam juntos ao serem tragados pelo pântano. 

A Queda da Casa de Usher, pode ter uma gama de significados, justamente por não ter muita explicação. Quem são os Usher? Uma família antiga e amaldiçoada? São vampiros? Um casal de irmãos incestuosos? De que mal sofrem? Que tipo de doença lhes acometem? São perguntas, jamais respondidas e que, todavia, dão ao leitor uma resposta toda própria.



Cantilena do Corvo

EE-SE BLUE HAVEN

Ee-se encontrou Ahemed na saída de Hus. Dirigia-se ela aos campos de refugiados, nos arredores de Palmira, enquanto Ahemed seguia com seu pa...