Um corvo, um cobre

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segunda-feira, 14 de agosto de 2023

"UM LUGAR MELHOR EM ALGUM LUGAR"


Dia 27 de Julho, o MIS (Museu da Imagem e do Som), inaugurou a exposição "Um Melhor Em Algum Lugar", sobre a vida do lendário bluesman, B.B.King, morto em 2015, aos 86 anos. Homenagem mais que merecida. A exposição vai até o dia 08 de Outubro.

               https://youtu.be/nIlX8_ycSNU


B.B King by Jean Okada 


1934, Itta, Bena; Mississipi. Sem melancolia, Boy atravessou o vasto campo de algodão. Ora murmurando uma canção; ora apenas olhando o céu e sentindo o sol sobre e sob a pele. Os raios entravam, penetravam, entranhavam.. Ardiam, como sempre arderiam, porém, o fogo/ardor/calor do sol afugentavam qualquer tristeza. Era sozinho no mundo e talvez, sozinho viveria até o fim de seus dias, tinha apenas nove anos e já sabia, conhecia a solidão.

Começou a tocar por alguns trocados, na esquina da Igreja com a Second Street. Mas, a vida, algumas vezes, se nos apresenta de forma um tanto enigmática. Não era escravo, não tinha nada, nem ninguém, apenas a pobreza extrema a lhe achacar o corpo, mas, a alma, não, poderia ir, pois, pra onde quisesse, ganhar 35 dólares aqui ou em qualquer outro lugar, tanto fazia.. quem sabe, mudando, sua sorte, haveria de mudar também e assim, Riley Ben King foi, se foi com o violão, seu bem mais precioso tal como o de tantos outros... foi-se arribou do Mississipi, deu adeus ao campos brancos de algodão... Por fim, chegou a Memphis, Tenesse, ponto de esperança onde o destino não o decepcionaria... dito e feito e um dia, sábado a noite, ouviu um som diferente, o som mais lindo que já ouvira em toda a sua vida, era Stormy Monday, tão bem tocada na guitarra por T-Bone Walker - .. então, ele soube, Young Boy, soube que era aquilo que queria fazer, tocar blues. Desenvolveu um estilo de tocar simples, com poucas notas, preferiu, e ainda prefere, assim, já que ele mesmo diz que "posso fazer uma nota valer por mil." Deste modo, comprou uma guitarra, uma Gibson de 30 dólares, que quase queimou num incêndio numa noite de inverno de 1949. 

Naqueles tempos, soía comum nessas casas noturnas, sem muito luxo, para aquecer o salão, encher meio barril com querosene. Dois homens puseram-se a brigar e derrubaram o barril, espalhando as chamas por todo o lugar. Soube depois, que a briga começou por causa de uma mulher chamada Lucille e por causa disso, desde então, passou a chamar a todas as suas guitarras de Lucille, para que assim o episódio jamais esquecido, não mais acontecesse.

Agora, Blues Boy King, não estava mais só, tinha o blues, tinha Lucille, tinha toda a gente e consideração e tocando blues, alcançou fama, fortuna, posição social, reconhecimento, satisfação. Era e continua a ser, um dos grandes entre os grandes. Não fazia, nunca fez e nunca fará, vergonha a si mesmo. Devia/deve tudo ao blues e ainda hoje, quando ouve alguém dizer que não entende o blues, que não gosta de blues, old Blues Boy King, volta aquela noite de sábado, onde ouviu T-Bone tocar pela primeira vez e imbuído do espírito do blues que nunca o abandona, põe-se a tocar e não desiste até que o outro, por sua vez, esteja também totalmente convencido.

Tédio


Ai, ai... em cima de um 🍄 
havia um gnomo entediado.


E FREUD EXPLICA

 

Na imagem, Freud e seu cão Jofi, 
da raça Chow Chow.

💕💕💕

(Via Ricado Bristot)

E Freud explica:

-Freud: Que objeção pode haver contra os animais? Eu prefiro a companhia dos animais à companhia humana.

-Viereck: Por quê?

-Freud: Porque eles são mais simples. Eles não sofrem de uma personalidade dividida, da desintegração do ego, que resulta da tentativa do homem de se adaptar aos padrões de civilização demasiado elevados para o seu mecanismo intelectual e psíquico [...] ]

-Viereck: Então, você é um grande pessimista?

-Freud: Não. Não permito que nenhuma reflexão filosófica me roube o prazer das coisas simples da vida.

Os motivos pelos quais se pode amar um animal com tanta intensidade, é porque ele possui emoções simples e diretas, de uma vida singela, liberta dos conflitos de uma sociedade que impõe restrições.

É mais fácil nutrir amor pelo simples.

Trata-se de um afeto sem ambivalência.

Os cães não possuem uma personalidade dividida, nem a maldade do homem civilizado, tampouco o sentimento de vingança dos homens.

Um cão tem a beleza de uma existência completa em si mesmo.

E apesar de todas as divergências, quanto ao desenvolvimento orgânico, o cão possui um sentimento de afinidade íntima e de solidariedade incontestável.

💕💕💕

___

Entrevista feita por George Sylvester Viereck em 1930, Semmering, Áustria. (Tradução de Maria Teresa Dóring)

sábado, 12 de agosto de 2023

Inverno entre verões


Tenho vivido tantos invernos
mesmo em meio aos verões que já nem estranho...
Uma saudade de um raio de sol me invade

Um pai leva com cuidado a filha ao colo
Sorriso suave estampado no rosto onde o sol se derrama
em mornas caricias... Fios de cabelos de anjo soltos ao vento
de uma cálida, límpida manhã

Fui feliz assim, um dia, nessa constância de uma vida in - comum

Sopram agora outros ventos
Sussurram agora em meus ouvidos outras doces, monótonas cantigas
E antigas vertigens retornam aos meus dias

Invisíveis tormentos me acalentam os sentimentos
Fogo brando que nunca se apaga...

Revolvo minha alma nessa estranha saudade
de tempos idos, que não mais voltam
Dói-me o peito
Brota a mágoa
Invernos de solidão em meio a verões de silêncios

sexta-feira, 11 de agosto de 2023

A QUEDA DA CASA DE USHER






Em breve, 12 de Outubro, estreia na Netflix, a adaptação do conto de Edgar Allan Poe, A Queda da Casa de Usher, pelo excelente Mike Flanagan. 

A história de Poe, lançada em 1839, conta sobre a visita do narrador a um amigo de infância, Roderick Usher, que vive em um solar assombrado e devastado, junto com sua irmã gêmea de saúde frágil, Lady Madeline.

Ao chegar, é informado por Roderick, um artista estranho e hipocondríaco, que Lady Madeline está morta e ele precisa de ajuda para colocá-la no mausoléu da família. Porém, Roderick parece pertubado e por fim confessa que acha que Lady Madeline pode ter sido enterrada viva. E numa noite, enquanto Roderick lê certa história em voz alta para o seu amigo, aí o horror começa, com passos, batidas violentas e vibrações cada vez mais altas, até culminar com a própria aparição de Lady Madeline, toda ensanguentada, pronta a se vingar do irmão. O horror é indescritível e o fim de Roderick Usher e o solar, chegam juntos ao serem tragados pelo pântano. 

A Queda da Casa de Usher, pode ter uma gama de significados, justamente por não ter muita explicação. Quem são os Usher? Uma família antiga e amaldiçoada? São vampiros? Um casal de irmãos incestuosos? De que mal sofrem? Que tipo de doença lhes acometem? São perguntas, jamais respondidas e que, todavia, dão ao leitor uma resposta toda própria.



quinta-feira, 10 de agosto de 2023

Nós vamos RESOLVER as mudanças climáticas

 Dizem que "a ESPERANÇA, é a última que morre". Então vamos ter esperança, acreditar que "dias melhores virão" e fazer a nossa parte. SIM, argumento cheio de clichês, fazer o què, ando ficando sem palavras. Elas ardem e queimam numa fogueira dentro do meu cérebro e assim é que vejo tudo. As mudanças climáticas estão aí, e mesmo assim existem os negacionistas, que em nome da ambição, só pensam em destruir. Chega, gente, chega! 

quarta-feira, 9 de agosto de 2023

Montanha alta, cogumelos mortais


"Agora eu me tornei a Morte, 
o destruidor de mundos". 
(J.Robert Oppenheimer)


Eu ainda não assisti ao filme Oppenheimer, mas conheço um pouco de sua trajetória e é fato consagrado, porém questionado pela minha pessoa, que ele arrependeu-se mortalmente de ter construído a bomba atômica e até o fim dos seus dias, foi um combatente ferrenho contra a construção de novas bombas de hidrogênio em nova corrida armamentista. Por conta disso, Oppenheimer viveu na angústia, mas, será que viveu mesmo? Por quê, pergunto eu, não recusou participar do Projeto Manhattan?! Será que ele não conseguiu antever, como cientista, toda a extensão do mal que uma bomba como essa poderia provocar?! Sinceramente, não sei o que Oppenheimer esperava. Acho que no fundo, gostou do papel sombrio de "destruidor de mundos". Ele, na verdade, era um sujeito contraditório, um tanto excêntrico, considerado por muitos como um "ENIGMA".



Trailer do filme - legendado

Para o documentário, “The Decision to Drop the Bomb” (A Decisão de Lançar a Bomba, em tradução livre), o físico disse o seguinte:

 “Sabíamos que o mundo jamais seria o mesmo. Algumas pessoas riam, outras choravam… A maioria estava em silêncio. Eu lembrei da antiga escrita hindu, o Bhagavad-Gita. Vishnu [deidade do Hinduísmo] tenta convencer o Príncipe de que ele deve cumprir seu dever. Para impressioná-lo, ele se transforma em uma forma com muitos braços e diz: ‘Agora, eu me tornei a morte. O Destruidor de Mundos.’ Acredito que todos nós, de uma forma ou de outra, nos sentimos assim.”

Oppenheimer aceitou comandar a equipe do Projeto Manhattan - sem ele, a bomba jamais seria possível - que tinha como objetivo, superar a Alemanha e o Japão, na fabricação de uma arma nuclear letal própria dos americanos. O ano era 1942. 


O primeiro teste da bomba, apelidado Trinity, foi feito no deserto Jornada del Muerto, Los Alamos, no Novo México, em 16 de julho de 1945. 


Menos de um mês depois do teste, entre os dias 06 e 09 de Agosto, duas bombas foram lançadas sobre duas cidades japonesas, Hiroshima e Nagasaki. O efeito foi devastador, desolador, afetando a vida de 130.000 civis japoneses, já que as bombas foram lançadas em centros urbanos. 


Julius Robert Oppenheimer, "o pai da bomba atômica", sempre foi brilhante e esquisito, nascido em Nova York, em 22 de Abril de 1904, de origem judaico-alemã, foi contemporâneo de Albert Einstein e Niels Bohr. Simpatizante das ideias de Esquerda, era considerado comunista e por isso, perseguido pelo FBI. A guerra poderia ter acabado, sem a grande ajuda mortal de Oppenheimer. Não teríamos a bomba e ainda teríamos de pé, Hiroshima e Nagasaki, com todas aquelas pessoas e seus descendentes, ainda presentes. A criação da bomba foi um desfavor e não um ato necessário como pensám e dizem muitos.


Oppenheimer esteve presente com instruções em como os pilotos deveriam lançar as bombas, para maior efeito possível. Esse gênio contraditório, depois da guerra, foi trabalhar ao lado de Albert Einstein, vindo a falecer em Princeton, em 18 de Fevereiro de 1967.



 

Cantilena do Corvo

EE-SE BLUE HAVEN

Ee-se encontrou Ahemed na saída de Hus. Dirigia-se ela aos campos de refugiados, nos arredores de Palmira, enquanto Ahemed seguia com seu pa...