Um corvo, um cobre

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sexta-feira, 2 de abril de 2010

CONTEMPLAÇÃO


Agora que contemplaste os segredos
Não podes mais partir
Agora que possuis a chave dos mistérios
Não podes mais partir
Pra onde irias afinal?
Teu lugar é na orbita celeste
A girar em torno do sol que não apaga
Por quantas vezes choraste
Temendo a chegada da noite
Mergulhado em solidão
Sob um céu sem estrelas
Teu coração aflito
Implorava por sossego
E agora que alcançaste a verdadeira morada da alma
Não retomes os teus excessos
Desapega-te do mundo!
Lá já não possuis nenhum valor
Não és mais moeda de troca
As roupas em trapos
É o que te convêm neste momento
Seca a água dos teus olhos
Deixa de lado a cobiça
Abstém-te da ira
Não penses
Torna-te livre
Sê teu próprio senhor
Olha pra ti mesmo e vê o que está oculto


segunda-feira, 29 de março de 2010

MAL DORMENTE




Ah... meu amor
Tudo me causa pena e rancor
A beleza destruída, desperdício de vida
Flores caídas, frutos arrancados, dilacerados antes do tempo,
Deixados ao chão a apodrecer
Folhas miúdas lançadas ao vento
Predestinadas ao tormento
Que tento dizer?
Se vale a pena tanto anseio
Se vale a pena tanto tecer planos e sonhos
Pra tudo, num abrir e fechar de olhos, desaparecer
A figura amada, aqui, a sorrir, sob a tua proteção
E num instante é fantasma, figura de plasma
Aurora que a saudade teima em esperar
O luto eterno aderiu-me à pele
Cerrou-me os lábios
Empalideceu-me as faces
Secou-me os olhos
E encheu-me de pesar
Meu coração é fundo pântano, encharcado de dor e mágoa
Minha alma é noite trevosa
Perdida na insensata tristeza do pensar,
Ai, o tormento de nada saber 
Ai, a dor doída, maldita
Mistérios de morte, segredos de vida
Desdita
Um olhar perdido, um corpo caido
Um sofrimento constante causa-me consternação
Como fugir de inconcebível precipício?
Quem me dera alcançar uma estrela
A mais alta, a mais brilhante
E guardá-la na palma da mão


Cantilena do Corvo

DEMÔNIOS... OS MEUS, OS SEUS, OS NOSSOS

  Sempre indaguei da vida, se ela presta mesmo, apesar de, lá no fundo de mim, acreditar que sim, “a vida presta”, apesar de tantas barbarid...