Um corvo, um cobre

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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

REVERSO

Não me incomodavam teus arroubos de impaciência
Nem teus modos impossíveis ao falar
Fechava-me em copas
Agarrando-me aos poucos sonhos que
ainda guardava dentro de mim
Tempestade que logo amainava
Na absoluta quietude da paz de um entardecer
Agora, displicente, a vida passa, com a certeza
De que não irei mais encontrar-te em meio a tantos rostos estranhos
Roda desesperança... sobe e desce
De anseios/devaneios 
Taças de tristezas misturadas a gotas de alegrias
Nunca secam o meu pranto
Universos paralelos... onde estás?
À distância, tudo parece tão romântico, tão diferente
Foste um dia, como um príncipe encantado de um conto de fadas
À lutar pela mulher bem amada
Sofrendo, porem,  na seqüência
Pela dura lida de um viver apreensivo
Partiste, enfim, em uma longa jornada
Pra não mais voltar
Levando quase tudo contigo   
E na história inacabada
Sobrou apenas o encanto de duas jóias raras
Duas princesas abandonadas
A mercê de ogros, lobos e vampiros 

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