Um corvo, um cobre

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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

MAPINGUARI


Mapinguari
Velho pajé
Sorrir no reboar do tempo
Ao relento
Palavras jogadas ao vento
Engolidas por sua boca monstruosa
Não é louco
Não é louca
Nem macho
Nem fêmea
Mas gera um poema
As palavras engolidas
São devolvidas sem muitas rimas
Não faz seu gênero
Bancar a intelectual irritante
Não faz mal
Mapinguari
Ao natural
Pra todos os gostos
Um bicho grande
Bicho do mato
Meio gente
Meio macaco
Ou como dizem uns/alguns
Bicho-preguiça mais que grande
Verdadeiro gigante
Voz atordoante de trovão
Que se ouve longe
Um ser desordenado
Desencontrado
Tem pés arredondados e virados
Longos pêlos embaraçados
Feio de dar dó
Não toma banho
Fede pra danar
Pior que gambá
Não respeita feriado
Nem dia santo
E domingo
Dia de descanso
Para ele é um dia
“Em que também se come” 
Mapinguari
Garras afiadas
Devorador de homens
“Pega, mata e come”
É pior que carcará
Não morre nunca
Saiba já
Mas tem ponto fraco
É no umbigo
A parte sensível  
Ou que tal uma baita
Certeira
Paulada na cabeça
Mas quem se anima
A tal proeza?
Alto lá!
É melhor não duvidar
Quê que há!
Mapinguari
Sabe se cuidar
O sujeito que for tentar
Irá fatalmente se arrepender
Pois nem terá tempo de correr
Que dirá se benzer
Fazer aos céus uma oração
Por obra de magia
O corajoso dito cujo
Esquecer-se-á de tudo
Ficará tonto
Ficará mudo
Verá a noite crescer em pleno dia
Há de esquecer-se de Deus
E da Virgem Maria

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