Um corvo, um cobre

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sexta-feira, 31 de julho de 2009

TROVINHAS DE AMOR


O vento entra pela janela
E eu estou tão só, meu amor
A melancolia me invade
Trazendo de volta a saudade
De quem foi e não mais voltou

Amor dói não dói
Saudade atroz
Vai, vem escapa, mas não passa
E quando não mata maltrata

Um verso triste?
Só se for agora
No calor da mesmice
No lento passar das horas

Quando te vejo meu amor
A tristeza vai logo embora
O teu sorriso é doce como mel
E mais belo que o raiar da aurora


Meu coração mais o teu
São culpados da paixão
O teu por ter ofertado
O meu por ter aceitado

Eu cá, meu amor, não acho graça
De ti viver separado
Cada qual na sua casa
Saudoso dos abraços

Num canto deixei a dor
Num canto deixei a flor
Num canto deixei o pranto
Num canto deixei o amor

Quisera eu esquecer-te
Quisera eu viajar
Pra um cantinho do mundo
Em que não te pudesse encontrar

Numa casa pequenina
Guardei o meu amor
Ela é toda enfeitadinha
E tem cheiro de flor

Lembrar de você todo dia
É castigo maldito
Dói em mim saber
Que o nosso amor está perdido

Em cima do meu telhado
Saudoso de amor
Uma cantiga triste
Sabiá cantou

Meu amor foi embora
E com ele levou meu coração
Não há remédio nesse mundo que cure
os tormentos da paixão

Passarinho pousou
Nas cordas do meu violão
E um ninho construiu
Dentro do meu coração

segunda-feira, 27 de julho de 2009

UMA HISTÓRIA SEM FIM


Era uma vez uma casa toda de pedra no fundo da floresta.
Esta é a casa toda de pedra no fundo da floresta.
Dentro da casa toda de pedra, no fundo da floresta vivia uma moça lavando louça.
Esta é a moça que vivia na casa toda de pedra no fundo da floresta lavando louça que um dia se assustou com um rato apressado que pulou no armário.
Este é o rato apressado que pulou no armário e espantou a moça que lavava a louça e vivia na casa toda de pedra no fundo da floresta.
Veio um gato pegar o rato apressado que pulou no armário e espantou a moça que lavava louça e vivia na casa toda de pedra no fundo da floresta.
Este é o gato que veio pegar o rato apressado que pulou no armário e assustou a moça que lavava a louça e vivia na casa toda de pedra no fundo da floresta.
Veio um cachorro zangado espantar o gato que pegou o rato apressado que pulou no armário e espantou a moça que lavava a louça e vivia na casa toda de pedra no fundo da floresta.
Este é o cachorro zangado que veio espantar o gato que pegou o rato apressado que pulou no armário e assustou a moça que lavava louça e vivia na casa toda de pedra no fundo da floresta.
Veio o pastor atrás do cachorro zangado que espantou o gato que pegou o rato apressado que pulou no armário e assustou a moça que lavava a louça e vivia na casa toda de pedra no fundo da floresta.
O pastor viu a moça e se apaixonou...
Este é o pastor apaixonado que veio atrás do cachorro zangado que espantou o gato que pegou o rato apressado que pulou no armário e assustou a moça que lavava a louça e vivia na casa toda de pedra no fundo da floresta
O pastor apaixonado beijou a moça que vivia na casa toda de pedra no fundo da floresta e esqueceu-se que veio atrás do cachorro zangado que espantou o gato que pegou o rato apressado que pulou no armário e assustou a moça que lavava louça.
A moça que vivia na casa toda de pedra no fundo da floresta ao beijar o pastor lembrou-se do sonho doce que sonhava enquanto lavava a louça que desvaneceu ao assustar-se com o rato apressado que pulou no armário e foi pego pelo gato que se espantou com o cachorro zangado que latia sem parar chamando o pastor que viu a moça que vivia na casa toda de pedra no fundo da floresta e por ela se apaixonou...
O pastor apaixonado beijou a moça e com ela se casou passando ambos felizes a viverem na casa toda de pedra no fundo da floresta em companhia do cachorro zangado que espantou o gato que pegou o rato apressado que pulou no armário e assustou a moça que lavava louça enquanto sonhava um sonho doce que enfim realizou-se...
Graças ao rato apressado que pulou no armário mas foi pego pelo gato que logo largou-o, pois espantou-se com a presença de um cachorro zangado que fugiu do pastor e este ao ir em seu encalço encontrou o seu amor que era a moça que lavava a louça e vivia na casa toda de pedra no fundo da floresta e que um dia enquanto lavava a louça sonhava um sonho doce que enfim realizou-se...
Graças ao...

quarta-feira, 22 de julho de 2009

O MUNDO MÁGICO DE LILLY


Era um sonho o mundo de Lilly. Mal amanhecia e a alegria começava no quintal, um verdadeiro estardalhaço... um colorido e feliz jardim zoológico com bichos de todos os tipos e tamanhos: Girafas, elefantes, cisnes, tigres, pássaros raros, avestruzes, galos, galinhas e até um pato, doído de amarelo, que grasnava alto e sem parar, um pato metido a besta, que não se reconhecia como pato, o coitado pensava que era gente... ai... se ele soubesse como era ser gente, preferiria permanecer na condição pato pateta(?)... pois é... havia de tudo no mundo mágico de Lilly. As tartarugas saiam do rio, repleto de peixes, que cortava o sitio e iam se secar ao sol, esparramadas nas pedras, bem quietas... o pescoço estendido para fora do casco, competiam com as iaras o carinho do sol.
Na frente da casa, era o passar cantante/constante do rio, onde peixes-bois, ariranhas e botos se divertiam, pescando contas e pequeninas pedras brilhantes como diamantes, ou seriam mesmo diamantes? E lá atrás um grande mar se espraiava barulhento, forte, debulhando-se em ondas ora verdes ora azuis, e, mar adentro bem no meio, o passeio sossegado de uma baleia e seu filhote... e ainda havia Romão, um bonito gato de pêlo alaranjado e olhos inacreditavelmente verdes; olhos que estão sempre arregalados, perplexos diante da complexidade do mundo... é um gato pensante?... filósofo?... não, Romão embora pense e chegue as variadas conclusões, é, em verdade, um gato sábio. Alguém duvida de que possa existir sabedoria entre os bichos? Alguém duvida que bicho pensa? Se duvida... é porque não conhece bicho, muito menos um gato chamado Romão...! E depois, quem de nós acredita que tudo sabe é tão deprimente quanto aquele que diz nada saber... Romão persegue um pote de ouro no fim do arco-íris, e as coloridas borboletas no fundo do quintal... certa vez, capturou uma lagartixa que andava a aterrorizar o reino das formigas, mas que belo dragão! Romão ficou satisfeito...
Neste mundo mágico tecido pela imaginação fértil e feliz de uma criança, não havia espaço para qualquer tipo de tristeza... ai, se elas ousassem se insinuar...
Mas, o mundo mágico de Lilly e mesmo ela, estão contidos dentro de uma gaveta, na casa velha de um velho poeta, que abranda a solidão, tirando essas coisas da cachola... pondo no papel pedaços de sonhos.

terça-feira, 21 de julho de 2009

CANTARES DO SEM NOME E DE PARTIDA


Hilda Hilst

Que este amor não me cegue nem me siga.
E de mim mesma nunca se aperceba.
Que me exclua do estar sendo perseguida
E do tormento
De só por ele me saber estar sendo.
Que o olhar não se perca nas tulipas
Pois formas tão perfeitas de beleza
Vêm do fulgor das trevas.
E o meu Senhor habita o rutilante escuro
De um suposto de heras em alto muro.
Que este amor só me faça descontente
E farta de fadigas. E de fragilidades tantas
Eu me faça pequena. E diminuta e tenra
Como só soem ser aranhas e formigas.
Que este amor só me veja de partida.

domingo, 12 de julho de 2009

UM RAIO DE SOL NUM JARDIM...


Uma orquídea crescia no tronco da árvore mais alta de um jardim... Um jardim sombrio, um tanto estranho, de pouco encanto... Em meio à profusão de folhas, frutos, flores, sementes e raízes espalhadas por todo o chão, certamente não se perceberia a beleza de sua presença, se não fosse a presteza de um raio de sol brincalhão que, certa vez, na graça de um dia incomum, em que o astro-rei, luzia poderoso, soberano em todo o seu esplendor, caíra, perdido, por entre as pétalas macias da bela flor, lá adormecendo, em puro sossego.
Na manhã seguinte, em vez do sol, veio a chuva... E o raiozinho, assim tão bruscamente despertado, fugiu assustado, desaparecendo, num instante por detrás das cinzentas e carregadas nuvens... mas, na pressa, eis que sacudiu de si um halo de luz, que, magicamente, se estendeu sobre o jardim sombrio; halo de límpida e dourada luz, que a violência da chuva não ousou levar.

Cantilena do Corvo

EE-SE BLUE HAVEN

Ee-se encontrou Ahemed na saída de Hus. Dirigia-se ela aos campos de refugiados, nos arredores de Palmira, enquanto Ahemed seguia com seu pa...