Um corvo, um cobre

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quarta-feira, 2 de julho de 2008

CAMINHAR SOLITARIERRANTE


Caminhava pela cidade. Fisicamente, era eu, em carne e osso, transitando por ruas que não eram novidades para mim, porém, por dentro, era outra a cidade por onde andava; uma cidade saída da memória. Ainda é cedo, mas o sol é inclemente, penso em quanto antes, alcançar a próxima esquina, lá aonde o vento faz a curva e em cada esquina, penso te encontrar... meu andar é quase arrastado, não por preguiça, mas por força de prestar atenção... na verdade, não presto atenção em nada, pois caminho pelas ruas de uma cidade dentro de minha memória. Casualmente, esbarro em alguém, que me obriga a deixar a cidade imaginária para retornar à cidade do lado de fora; alguém que pede desculpas e continua em seu caminhar... este alguém, que, como todos nós, de futuro incerto, talvez, mais tarde, estará vivo só na lembrança de quem lhe amou, de quem lhe quis bem, ou não, quem sabe mais tarde, partirá apenas em uma longa viagem, mas depois de algum tempo estará de volta, à segurança de um porto feliz... é quem sabe... quem sabe se ele já não é somente uma miragem.
Passo agora por uma antiga e enorme casa em frente à praça da Saudade... parece estar vazia no momento, sem ninguém, parece esquecida... O pátio, cheio de folhas ressequidas, e, dois gatos amigáveis, relaxados; um sentado e outro deitado; um branco e um marrom-cinzento (?) há um jardim também, pequeno e agradável muito bom para se viver... se eu fosse uma borboleta ou um pássaro, uma fada ou então um duende, ou ainda uma joaninha faceira ou uma abelha festeira...

ou ou ou ou ou ou ou ou ou ou ou OU ouououououououououououo...

A vida é feita dessa conjunção alternativa, mas cheia de possibilidades infinitas, por isso já dizia a meiga Cecília, Ou Isto ou Aquilo, questão de escolha my baby... pro mal ou pro bem há de saber quem? Assim, escolho retornar a minha cidade imaginária, porém, acabo percebendo que uma não está dissociada da outra, apenas parecem diferentes por causa das sutis modificações operadas pelos homens e pelo tempo ou será pelo tempo e pelos homens? Bem... a ordem dos fatores não altera o produto, não é mesmo?... Passo pelo Teatro, passo pelas gentes, passo pelas lojas; passo pelos carros, passo pelas casas, passo pela praça; passo pela calçada, passo pela avenida, passo pela vida? Passo como um fantasma... Passo, passo, passo... passo a passo... em compasso/descompassado... Tragicômica eternidade há no pensar ou no passar? Ora, passemos adiante... Passei...

3 comentários:

O Profeta disse...

Passas-te adiante!? Neste palco a peça é um monólogo...ninguém morre no fim, fica apena a repetição da palavra...passar...


Doce beijo

# Poetíssima Prida disse...

Nossa, lembrei de Pessoa, lembrei de Dylan...Parabéns!

' Passo como um fantasma...'..será?..passamos todos como pesados e densos fantasmas..!

Adorei teu blog, posso 'linká-lo' no meu?

aguardo respostas!

Anônimo disse...

PASSOU por tudo isso, passe em Flôres? BOM MESMO é que vc passou tudo para o Blog eu amo tudo quevc passa.

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